terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Mulheres que mudaram (e fizeram) a História do Brasil

Retrato das personagens históricas e revolucionárias brasileiras, desde o século XVI até os dias atuais

Dandara foi uma guerreira negra fundamental para o Quilombo dos Palmares. Bertha Lutz foi a maior representante do movimento sufragista no Brasil. Maria da Penha ficou paraplégica e por pouco não perdeu a vida, mas sua luta resultou na principal lei contra a violência doméstica do país.
Essas e muitas outras brasileiras impactaram a nossa história e, indiretamente, a nossa vida, mas raramente aparecem nos livros. A obra Extraordinárias: Mulheres que revolucionaram o Brasil, da autoria de Duda Porto de Souza e Aryane Cararo, publicada pela Editora Seguinte, é resultado de uma extensa pesquisa, e que tem o objetivo de trazer reconhecimento às personagens históricas nacionais.
No livro, o leitor encontra os perfis de revolucionárias de etnias e regiões variadas, que viveram desde o século XVI até a atualidade, e conhece os retratos de cada uma delas, feitos por artistas brasileiras.
Segundo as autoras, o que todas essas mulheres têm em comum é a força extraordinária para lutar por seus ideais e transformar o Brasil.

208 páginas
Preço médio: R$ 60

Reconhece-se o monge pelo hábito

Obra revela os valores que deveriam pautar a conduta das mulheres castelhanas no trato de sua aparência

A Editora da Universidade Federal de São Carlos (EdUFSCar) está lançando o livro Vestidas e afeitas para serem virtuosas: as mulheres na Castela dos séculos XIV e XV, de Thiago Henrique Alvarado. A obra conta como as legislações laical e religiosa foram decisivas para o estabelecimento de regras que ajudaram a corrigir a aparência dos fiéis cristãos. A obra é o resultado da dissertação de mestrado desenvolvida por Alvarado, cujo tema surgiu das leituras, ainda na iniciação científica, dos escritos castelhanos do final da Idade Média.

"Embora a temática da minha pesquisa, na ocasião, fosse outra, esta impressão da importância das vestimentas no reconhecimento dos estados (termo que se referia aos grupos sociais) permaneceu e veio a ser retomada, posteriormente, na confecção do projeto de mestrado. Assim, ao direcionar as minhas leituras às vestimentas, fui levado a uma série de leis, comuns ao Ocidente medieval, denominadas pela historiografia de 'leis suntuárias'. Estas leis visavam à restrição, e mesmo à proibição em alguns casos, de certos objetos suntuosos, como as vestes, com o intuito de preservar a diferença entre os estados, evitar os excessos e estimular a modéstia. Entre os alvos dessas leis, sobressaíam as mulheres, acusadas com certa frequência de excessos e cuidados demasiados com a aparência", explica o autor.

Os principais pontos são referentes às relações intrínsecas que deveriam existir entre as vestes e os estados e entre as vestes e os corpos. "A preocupação com as vestes amparava-se na concepção tida por natural de que elas davam a conhecer o interior. Assim, em uma época em que as diferenças entre os estados deveriam ser expressas pela aparência, as vestimentas permitiam o reconhecimento à primeira vista do estado, da condição, da dignidade, da religião e do sexo da pessoa", diz Alvarado.

Ainda segundo o pesquisador, em relação às mulheres, o simples fato de trazerem a cabeça coberta permitia saber, por exemplo, se eram casadas ou não. Manter os cabelos soltos era permitido às mulheres casadouras (em idade e condições de casar). No entanto, alguns desses aspectos poderiam acarretar confusões entre os estados ou entre mulheres de condições distintas. "Preservar as diferenças era manter a disposição das coisas criadas por Deus, cabendo ao monarca corrigir as faltas dos seus súditos, o que ocorria, entre outros meios, pelo ordenamento de leis e da aplicação da justiça", destaca o autor.

Normativas
O autor também cita como curiosos os cuidados em detalhar as vestes, atribuir valores a todos os seus elementos, em explicitar atributos considerados naturais, que remetiam à criação e como eles traduziam exteriormente o interior da pessoa. Assim, as diferenças corporais entre mulheres e homens refletiam-se nas vestes. 

"O cuidado excessivo com as vestes e os adornos poderia gerar diversos pecados e males, como a vanglória, a luxúria e o dispêndio das rendas da casa, que ameaçavam não apenas a salvação delas, mas de todos ao seu redor. Faltas, portanto, que significavam muitas vezes um pecado e um crime, um desrespeito às leis humanas e à vontade divina, e que justificavam a correção e instrução das mulheres tanto por laicos quanto por religiosos, por meio das leis, da confissão e da pregação", conclui.

A pesquisa, desenvolvida sob a orientação de Susani Silveira Lemos França, docente da Universidade Estadual Paulista (Unesp), interroga como na Castela dos séculos XIV e XV, as vestimentas e os adornos femininos passaram a ser alvo de prescrições que visavam à sua moralização.

Assim, o objetivo do livro foi inquirir, a partir de um conjunto de escritos normativos e edificantes, valores e as regras que deveriam pautar a conduta das mulheres castelhanas no trato de sua aparência. 

O livro tem 216 páginas, e pode ser adquirido no site www.editora.ufscar.br, pelo custo médio de R$ 50. Em dezembro/2017, a EdUFSCar está comercializando a obra no valor promocional de R$ 38,40.

Alef: A verdade original

"O horizonte ruivo pintava de púrpura as águas plácidas do histórico celeiro, meio místico, meio mítico, de um dos berços da civilização. Tempo: 392 a.C. Espaço: Egito"

No romance mediúnico ditado pelo espírito Sophie à Elizabeth Pereira, o leitor mergulha no Antigo Egito, em companhia de Haemon - conselheiro do faraó Hakor; do guerreiro grego Proteu de Mileto; e da impetuosa egípcia Kyia. 
Em meio a câmaras mortuárias e monumentos majestosos, que escondem um enigma perdido, os personagens buscam a chave que dará acesso ao tesouro, pelo qual muitos deram a vida. A obra também conta um pouco da história dos essênios e de almas evoluídas, que atuaram na preparação do planeta para a vinda do Messias. Além disso, fala da contribuição dos habitantes de Capela na elaboração dos manuscritos do Mar Morto.
Em todas as épocas da humanidade, os detentores do poder utilizaram a religião para controlar as pessoas, estimulando a ignorância e o medo, e ocultando as verdades espirituais. Porém, Deus constantemente renova os caminhos de libertação das consciências. Já disse Jesus: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará". 
Publicada pela Editora Vivaluz, a obra aborda princípios espíritas, como a lei de causa e efeito, mediunidade, programação pré-reencarnatória, origens da crença no paraíso perdido e outras lições do livro da Gênese, trazendo alguns fatos bíblicos pouco elucidados.
Sobretudo, o livro fala do amor incondicional de Jesus, que nos trouxe a Boa Nova, e tornou mais fácil a compreensão humana sobre Deus.  

Significado
Segundo a Bíblia, Alef possui dois significados, que são: o primeiro; e touro. A origem do nome Alef recebe na língua grega a representação de um desenho de touro, passando, para o hebraico antigo, à denominação Aluf, derivando posteriormente para Alef
Alef (Aleph) também corresponde à primeira letra do alfabeto hebraico. A Bíblia, inclusive, se refere a Cristo como o Alfa e o Omega; assim, no grego o Alef tem o nome de Alfa.

437 páginas
Preço médio: R$ 50

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Livro derruba conceitos tradicionais de empreendedorismo

 Obra será desenvolvida em plataforma, pela interação com leitores, que poderão também escolher a capa

Eduardo M. Borba acaba de colocar em prática mais uma inovação que resolveu tirar do papel: o lançamento de Empreinovador - O livro proibido do empreendedorismo. Mas, quem estiver interessado no conteúdo não será um simples leitor. É que, desde o dia 17 de novembro os leitores podem acessar - na plataforma criada www.empreinovador.com.br - os capítulos à medida que são finalizados pelo autor. A cada vinte dias, um novo capítulo é postado, e a previsão de todos serem publicados é até março de 2018.
No intervalo entre cada capítulo, os participantes poderão trocar impressões com o autor, avaliar os conteúdos e votar a melhor capa. "Somos moldados desde a infância em um modelo de pensar que pune severamente quem sai fora do padrão. Mas nesta inovação editorial todos serão bem-vindos e, porque não dizer, talvez algum depoimento ou troca de experiências pode mudar e muito no rumo do que tenho planejado para cada capítulo", revela Borba.

Passo a passo
Alguns dos títulos de capítulos mostram a verdadeira quebradeira de paradigmas instaurados no decorrer dos anos, com o surgimento dos "gurus" do empreendedorismo que criaram uma espécie de "A igreja do empreendedorismo", capítulo inicial do livro.
Uma das partes que promete maior polêmica é a que tratará sobre o tão cultuado "planejamento estratégico", que muitas vezes pode matar empresas e até as matrizes econômicas de muitos países, inclusive a do Brasil. Qual seria? É uma pergunta a ser discutida e descoberta com os leitores enquanto a obra é desenvolvida.
Após a postagem do último capítulo na plataforma, o livro irá ganhar versão impressa e, assim, o público poderá conferir qual foi o resultado da interação das ideias do autor com seus leitores . "O mundo ainda vai aprender muito com a empreinovação brasileira", finaliza Borba.

O autor
O catarinense Eduardo Borba era um típico executivo com cargos estratégicos, chegando a morar no Vale do Silício. Até que em 2009 sofreu uma estafa. Tirou um período sabático na sequência e em 2012 lançou os alicerces da chamada Inovação Natural.
Seu primeiro livro sobre o tema foi Inovação natural - a nova essência do mundo dos negócios, lançado em 2015, e que ganhou destaque no mundo empresarial tendo simpatizantes como Morongo (fundador da Mormaii) e Vinicius Roveda (Fundador da Conta Azul).
Ele fundou ainda o Instituto MOBI, que trabalha defendendo conceitos e ações em prol da economia criativa que movimentará cerca de 50% dos negócios do mundo até 2025, como a BeCauz, startup lançada pela MOBI que empodera os consumidores a destinarem metade do lucro de sua compra para a evolução humana.