quarta-feira, 21 de março de 2018

Revista Espírita é compilada em livro

Edicel comemora os 160 anos de uma das mais 
importantes publicações para a Doutrina Espírita

Com o nome original Revue Spirit, criada por Allan Kardec, a Revista Espírita, publicada mensalmente pelo autor, foi compilada em livro com 12 volumes. A primeira versão feita das obras no Brasil foi da Edicel, selo da Boa Nova, com a tradução de Júlio de Abreu Filho e revisada por José Herculano Pires, dois espíritas conceituados. Neste sentido, são consideradas as versões mais fiéis e notáveis de todo mercado de livros espíritas.

Para Kardec, educador, autor e codificador do Espiritismo, a Revista Espírita, com subtítulo de “Jornal de Estudos Psicológicos”, é o “relato das manifestações materiais ou inteligentes dos Espíritos, aparições, evocações, etc., bem como todas as notícias relativas ao Espiritismo”.

Kardec dirigiu a revista até seu falecimento, entre os anos de 1858 e 1869. E, sua intenção era proporcionar ao leitor o conhecimento do caminho desenvolvido pelo codificador e o debate de ideias consolidadas nos livros da Codificação Espírita.

A ideia inicial de Allan Kardec era investigar como as pessoas reagiam em relação aos eventos mal compreendidos pela sociedade, e também sondar a impressão dos espíritos, transformando a revista em uma espécie de laboratório, de palco para discussões e formação do pensamento.

Até abril, a Edicel disponibilizará todos os exemplares - de 1858 a 1869, disponíveis em livrarias, centros espíritas e na distribuidora Boa Nova.

Bíblia de estudo com linguagem acessível

Obra busca apresentar texto de fácil compreensão 
sobre as principais doutrinas da fé cristã

Com a proximidade da Páscoa, muitas pessoas iniciam rituais religiosos que celebram a data. Ainda em fevereiro, a Editora Mundo Cristão lançou a Bíblia Sagrada Na Jornada com Cristo, publicação pensada no sentido de fornecer ferramentas que ajudam no desenvolvimento espiritual e intelectualmente nas coisas de Deus.

Trata-se de um compilado de estudos e reflexões para que o leitor possa compreender as Escrituras com mais profundidade e clareza. Com tradução da Nova Versão Transformadora (NVT), a proposta é de uma leitura fácil de entender; simples na forma e densa no conteúdo, e ao mesmo tempo devocional e teológica, prática e teórica.

Diversos recursos especiais foram preparados para a publicação. A seção central, intitulada “Na jornada com Cristo”, contém 28 textos cujo intuito é proporcionar entendimento das doutrinas básicas da fé cristã. A seção “Encontros com Deus” destaca lições de vida extraídas da experiência que 22 personagens bíblicos tiveram com Deus. Já a seção “Desafios da jornada” reúne 22 artigos com alertas e orientações para preparar o leitor sobre o que o espera em sua caminhada de fé.

Cada um dos 66 livros da Bíblia recebeu uma introdução que esclarece o cenário do livro e apresenta um resumo de sua mensagem dentro do contexto maior das Escrituras. Ao final de cada livro, há uma oração e algumas perguntas para reflexão pessoal ou em grupo. A publicação traz ainda uma 'linha do tempo', que apresenta a ordem cronológica dos principais eventos bíblicos; uma sugestão de ´plano de leitura' da Bíblia toda em um ano, com um índice de seções, para que o leitor encontre esses recursos adicionais com mais facilidade, além de mais de 4 mil notas de rodapé.

Diferencial
Um dos diferenciais da Bíblia Sagrada Na Jornada com Cristo é a oferta de um estudo prático, com aplicações concretas nas questões da vida cotidiana, sem perder tempo com superficialidades, atrativos para recém-convertidos e pessoas mais experientes. Elaborada para cristãos de todas as denominações, linhas doutrinárias e crenças teológicas, a obra busca estimular o crescimento e o fortalecimento na vida espiritual.

quinta-feira, 8 de março de 2018

Editora homenageia escritoras de todos os tempos


O dia 8 de março é a celebração das conquistas políticas, econômicas e sociais das mulheres que, ao longo dos anos, lutaram por seus direitos e espaços. Por isso, a Companhia das Letras selecionou vinte escritoras, clássicas e contemporâneas, brasileiras e estrangeiras, de ficção, poesia e não ficção, que inspiram e mostram que a literatura feita por mulheres é universal.

Hilda Hilst
Homenageada da Flip deste ano, Hilda Hilst é a autora para conhecer em 2018. Nascida em Jaú (SP) em 1930, formou-se em Direito pela USP e, aos 35 anos de idade, mudou-se para a chácara Casa do Sol, próximo a Campinas - onde hoje fica a sede do Instituto Hilda Hilst. Lá, na companhia de dezenas de cachorros, ela se dedicou integralmente à criação literária, entre livros de poesia - onde mais se destacou -, ficção e peças de teatro, se tornando uma das vozes mais trangressoras da literatura brasileira. Em 2017, a Companhia das Letras lançou a coletânea Da poesia, que reuniu pela primeira vez sua obra poética completa. Em maio deste ano, será a vez de sua prosa ganhar uma coletânea, Da prosa.

Chimamanda Ngozi Adichie
Uma das autoras mais celebradas atualmente. Nasceu em Enugu, na Nigéria, em 1977, e vive entre seu país natal e os Estados Unidos. Escreveu os romances Meio sol amarelo, que ganhou o National Book Critics Circle Award e o Orange Prize de ficção em 2007, Hibisco roxo, e Americanah, que será adaptado para a TV pelas atrizes Lupita Nyong'o e Danai Gurira. Além de grande romancista, Adichie ganhou grande notoriedade com seus ensaios sobre feminismo: Sejamos todos feministas (e-book gratuito para download), inspirado em sua palestra no TED, e Para educar crianças feministas, pequenos textos em que fala sobre igualdade de oportunidades para mulheres e homens. Em 2017, os contos da escritora ganharam pela primeira vez uma edição brasileira, reunidos em No seu pescoço. Sua obra, que aborda temas como imigração, racismo, família e feminismo, foi traduzida para mais de trinta línguas e apareceu em inúmeras publicações, entre elas a New Yorker e a Granta.

Rebecca Solnit
Considerada criadora do termo mansplaining - quando um homem interrompe uma mulher para explicar alguma coisa que ela já sabe. Escritora, historiadora e ativista, tem dois livros publicados no Brasil: Os homens explicam tudo para mim (Editora Cultrix) e A mãe de todas as perguntas, lançado no ano passado pela Companhia das Letras. Neste livro, ela parte das ideias centrais de maternidade e silenciamento feminino para tecer comentários indispensáveis sobre diferentes temas do feminismo: misoginia, violência contra a mulher, fragilidade masculina, o histórico recente de piadas sobre estupro e outros mais. Ao todo, Solnit escreveu mais de quinze livros sobre feminismo, história indígena e ocidental, poder popular, mudança social e insurreição, entre outros temas contemporâneos. Nascida e criada na Califórnia, é colunista da revista Harper’s e colaboradora do jornal The Guardian.

Lilia Moritz Schwarcz

Antropóloga e historiadora, Lilia é leitura obrigatória para qualquer pessoa que se interessa pela História do nosso país e questões da sociedade (seja do passado ou atual). Ela é professora titular no Departamento de Antropologia da USP, Global scholar na Universidade de Princeton (EUA) e curadora adjunta do Masp. Autora premiada, ganhou o prêmio Jabuti de Livro do Ano em 1999 com As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. Dirigiu a coleção História do Brasil Nação em seis volumes, lançados pela Objetiva/ Fundação Mapfre, sendo três deles indicados para o Jabuti. Sua bibliografia não para de crescer: além de obras como O espetáculo das raças, O Sol do Brasil, Nem preto nem branco, muito pelo contrário, entre outras, escreveu com a historiadora Heloisa M. Starling o livro Brasil: Uma biografia, onde traçam um retrato de corpo inteiro do país, mostrando como o longo processo de embates e avanços sociais inconclusos definiram o Brasil. Em 2017, publicou a monumental biografia Lima Barreto: Triste visionário, resultado de mais de dez anos de pesquisa sobre a vida e a obra do autor de Policarpo Quaresma. Atualmente, Lilia Moritz Schwarcz também mantém uma coluna semanal no site Nexo.

Ana Cristina Cesar
Poeta, jornalista, tradutora e crítica literária: Ana Cristina Cesar nos deixou um grande legado com seus escritos. Nascida no Rio de Janeiro em 1952, tornou-se uma das mais importantes representantes da poesia marginal que florescia na década de 1970. Em sua obra, conjugava a prosa e a poesia, o pop e a alta literatura, o íntimo e o universal, o masculino e o feminino - pois a mulher moderna e liberta, capaz de falar abertamente de seu corpo e de sua sexualidade, derramava-se numa delicadeza que podia conflitar, na visão dos desavisados, com o feminismo enérgico, característico da época. Em 2013, seus poemas estrearam na Companhia das Letras no volume Poética, que reuniu toda a sua produção de poesia, publicada em livros como Cenas de abril, Correspondência completa, Luvas de pelica e A teus pés - além de poemas inéditos e dispersos. Em 2016, ano em que foi homenageada na Flip, lançamos Crítica e tradução, volume que reune textos, artigos e ensaios de Ana sobre poesia, ficção e cinema.

Virginia Woolf
Considerada um dos maiores nomes do romance modernista e uma de suas vozes femininas pioneiras, que influenciou escritores em diversos países graças a livros como Ao farol, As ondas e Orlando. Esteve à frente, com o marido Leonard, do círculo intelectual que viria a ser conhecido como Grupo de Bloomsbury, do qual fizeram parte, entre outros, o economista Keynes e o filósofo e matemático Bertrand Russell. Da autora, o selo Penguin-Companhia publicou dois livros: Orlando, considerado seu romance mais popular, e Mrs. Dalloway, grande marco do romance modernista, pioneiro na exploração do inconsciente humano por meio do fluxo de consciência de suas personagens. Virginia Woolf é uma autora clássica que não pode faltar na sua estante.

A lista completa pode ser visualizada no blog da Companhia das Letras.