terça-feira, 24 de abril de 2018

Livro investiga epígrafes e diálogos na poesia de Machado de Assis

Obra da EdUFSCar foi lançada em abril, no Campus São Carlos

Machado de Assis é conhecido principalmente pelos seus textos em prosa. Entretanto, 
no início da carreira, o escritor também se aventurou em versos. Foi a partir da leitura desses poemas, que Audrey Ludmilla do Nascimento Miasso notou que havia poucos estudos sobre as epígrafes utilizadas por Machado em suas poesias, o que a motivou a investigá-las. 

Sua pesquisa de mestrado - defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Estudos de Literatura (PPGLIt) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e orientada pelo professor Wilton Marques, foi transformada no livro Epígrafes e diálogos na poesia de Machado de Assis, publicado pela Editora da UFSCar (EdUFSCar), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

O livro nasceu da observação das recorrentes epígrafes que abrem a maioria dos poemas machadianos. Embora o escritor seja pouco conhecido enquanto poeta, o fundador da Academia Brasileira de Letras iniciou sua carreira escrevendo versos e não os abandonou, apesar de ter, ao longo do tempo, diminuído sua produção poética. "O livro fala das epígrafes, pequenos trechos nos poemas, da forma como eles dialogam com a poesia e como foram aproveitados na poesia machadiana", explica a autora.

A obra tenta entender e revelar a relação entre a poesia machadiana e as epígrafes escolhidas pelo autor para seus poemas. Esses diálogos revelam autores que de alguma forma fizeram parte da formação inicial de Machado. 

"Por exemplo, os nomes que assinam as epígrafes são possíveis leituras que influenciaram a escrita machadiana, no período em que a crítica chama de primeira fase de sua carreira. Entretanto, pode-se extrair das epígrafes mais que apenas nomes e influências, mas o próprio diálogo entre os textos literários", comenta Miasso. 

Alguns nomes que aparecem nessas epígrafes são Victor Hugo, Alfred Musset, Dante Alighieri, Homero, Gonçalves Dias, Camões, William Shakespeare e outros.

Epígrafe

Além disso, o livro abre espaço para repensar o próprio papel da epígrafe dentro dos textos literários. "A epígrafe não é exclusividade da poesia machadiana e não se comporta dentro do texto como uma citação ordinária. Além de ocupar um lugar de destaque, o modo como o texto literário epigrafado se apresenta revela um diálogo todo específico desse tipo de relação", afirma a pesquisadora.
 
Atualmente cursando doutorado no PPGLit, Miasso, que estuda o projeto poético machadiano desde 2008, está desenvolvendo também uma pesquisa sobre a maturidade literária do poeta Machado de Assis. 

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Café Literário marca os 50 anos da Editora Moderna

Para comemorar a data, a editora promove 
discussões literárias em sua rede social

Em 2018, a Editora Moderna comemora 50 anos de história com uma série de encontros mensais envolvendo especialistas e autores para discutir o papel da literatura infantojuvenil na atualidade, a partir de temas que envolvam a família e a escola. 

Para contribuir com a reflexão de temas com abordagens filosófica e poética para crianças à questão da leitura literária na Base Nacional Comum Curricular, renomados autores marcam presença nas discussões, entre eles, Pedro Bandeira, Walcyr Carrasco, Maria José Nobrega, Lúcia Hiratsuka, Douglas Tufano, entre outros.

Os Cafés Literários Moderna começaram em março e ocorrem sempre às quartas-feiras. As discussões são transmitidas ao vivo via Facebook da Editora Moderna, e o público poderá participar e interagir com os debatedores enviando perguntas. O primeiro encontro foi em 21 de março, com Januária Cristina Alves, coordenadora da coleção Informação e Diálogo. Na oportunidade, a jornalista e autora falou sobre as maneiras de tratar assuntos do mundo contemporâneo com jovens de forma inteligente e instigante no contexto escolar.

Confira as próximas datas e temas dos debates:

16 de maio, quarta feira, 10 horas | Motivando com rimas – Entre livros, autoconhecimento e leitura, com César Obeid

20 de junho, quarta feira, 10 horas | A África na história e na cultura do Brasil, com Sérgio Túlio Caldas e Wlamyra Albuquerque

18 de julho, quarta feira, 10 horas | Escolhas conscientes, atitudes pertinentes – um exercício de liberdade e de responsabilidade permanente, com Caia Amoroso e Leusa Araújo

15 de agosto, quarta feira, 15 horas | Como fazer para adaptar um clássico sem deixar para trás justamente aquilo que fez dele um clássico?, com Walcyr Carrasco

19 de setembro, quarta feira, 10h horas | Segredos para abordar a literatura clássica brasileira e portuguesa com os jovens atuais, com Douglas Tufano

17 de outubro, quarta feira, 10 horas | O poético no texto e nas imagens: como envolver as crianças e criar espaço na escola para a fruição da poesia, com Silvana Tavano, Lúcia Hiratsuka e Sônia Barros.

21 de novembro, quarta feira, 10 horas | Filosofia para crianças: o direito e a liberdade de perguntar, com Flávia Reis e Samir Thomaz

12 de dezembro, quarta feira, 10 horas | Como apresentar Monteiro Lobato às crianças de hoje?, com Pedro Bandeira

Sobre a Moderna

A Moderna na área de Literatura desenvolve projetos para que o aluno-leitor – desde a Educação Infantil até o Ensino Médio – ative sua capacidade de compreender, analisar e refletir sobre os conteúdos estudados. Com obras de ficção, não ficção e arte, o selo disponibiliza recursos para que o professor tenha oportunidades de ensino.
Numa iniciativa inédita no mercado editorial brasileiro, a Moderna trouxe, com exclusividade para seu catálogo, todas as obras do renomado autor Pedro Bandeira, da literatura brasileira infantil e juvenil. O sucesso da ação foi repetido com a escritora e ilustradora Eva Furnari e com o autor Walcyr Carrasco, cronista, dramaturgo, roteirista, tradutor e adaptador de clássicos da literatura.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Autora brasileira fala sobre feira literária de Bolonha

Divulgação
Brasil é extremamente bem visto no mercado internacional

A Feira Internacional do Livro infantil e juvenil de Bolonha (Bologna Children's Book Fair) foi encerrada na primeira semana de abril; e a autora Elisabete da Cruz conta sobre sua vivência nos quatro dias do evento.

“Além do enriquecimento por conta das infinidades de histórias, de diferentes países e do número de pessoas pensantes para esse universo da literatura, creio que a inspiração seja a maior preciosidade que trouxe desta viagem. Você respirar algo tão especial te preenche de ideias e de desejo de fazer cada vez mais e melhor”, relata.

A China foi a grande homenageada deste ano, com exposições, técnicas e trabalhos bem diferenciados para o público infantil e infanto-juvenil. Segundo Elisabete, o Brasil é extremamente bem visto no mercado internacional, e conta com uma área muito bem assessorada pela Câmara Brasileira de Livros (CBL) e pela Fundação Nacional do Livro Infantil e infantojuvenil (FNLI), representada por mais de 17 editoras nacionais. Outras editoras independentes também marcaram presença na feira.

O propósito principal do evento, além da propagação da literatura é a venda dos direitos para outros países. “Como em todo grande evento, os autores mais consagrados são os destaques. Abrir o mercado para novos talentos traria muitos benefícios a todos.”

Em 2016 a autora participou da feira literária de Frankfurt, e conta que a grande diferença para esta de Bologna, está no público bem seletivo, com foco no segmento, o que a torna única no mercado mundial. “O ano de 2019 já está no meu radar, me prepararei para firmar parcerias com editoras internacionais e poder ter espaço no mercado para a multiplicação de meus títulos e futuros projetos na área de estímulo a leitura”, finaliza a autora brasileira.

A autora

Elisabete da Cruz é educadora, autora, empresária e produtora executiva na área de projetos culturais, educativos e de entretenimento, envolvendo públicos de todas as idades. O primeiro livro chamado Meu Amigo Flip, foi escrito a convite da Editora Trilha das Letras, em 2015.
Em 2016 vieram Crianças de cá e crianças de lá, com pré-lançamento na Frankfurt Book Fair, a maior feira literária do mundo; e em 2017, Mãos na terra viajou para a Bologna Children´s Book Fair, ambos pela Cria editora. Biomilda- Diário de viagem e Eu e meu amigo curumim, em 2017, chegaram preparados pela editora Suinara e, ainda nesta editora, para 2018, as temáticas relevantes para o processo de educação estão em edição: Cor de pele, Família monetária, Ninho de cobra (abraçando os valores); além da coleção Quem sou eu (sobre as profissões). Por fim, em preparação estão: Muzunga e Bolas do mundo, pela Ciranda Cultural.

terça-feira, 17 de abril de 2018

Livro resgata a história de Indaiatuba

Werner Münchow (Tribuna de Indaiá)
Na obra, Eliana Belo Silva escreve as memórias de Antônio Reginaldo Geiss, um dos maiores ícones da cidade

Por Fábio Alexandre, jornal Tribuna de Indaiá

Antônio Reginaldo Geiss nasceu em 23 de novembro de 1929, filho de Gustavo Geiss e Maria José Tancler Geiss. Ao longo de seus 88 anos, envolveu-se diretamente no cotidiano político, cultural, social e econômico da cidade, tornando-se muito mais do que uma parte da história de Indaiatuba, mas também um de seus mais ferrenhos guardiões. Entre tantas realizações, foi um dos fundadores da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba, ao lado de Antonio da Cunha Penna e Nilson Carvalho.

Após dez anos de intenso trabalho, suas memórias estão reunidas no livro História de Indaiatuba na Perspectiva Biográfica de Antonio Reginaldo Geiss, da historiadora e pedagoga, Eliana Belo Silva, lançado oficialmente em 17 de abril.
Os primeiros esboços de um livro que reunisse as memórias de Geiss surgiram há mais de 20 anos, na ocasião da criação da Fundação Pró-Memória, em 1º de fevereiro de 1994. "Foi após o lançamento do livro O Crime do Poço: Uma Tragédia Indaiatuba, lançado em 2007, que decidi que a Eliana seria a escritora da minha biografia", conta Geiss. "Começamos a conversar sobre o que faríamos em 2008, quando também início às gravações".

Geiss recorda um pedido especial feito à Eliana. “Quando ela me contou o que queria para o livro, deixe bem claro: não quero uma biografia”, enfatiza. “Biografias são mentirosas, de maneira geral, e não sei mentir. Por isso, o livro traz apenas verdades. Sou assim”. A autora lembra um momento emblemático do processo de construção da obra. “Foi quando me contou a sua memória mais antiga, que envolvia a Revolução de 32. Sua mãe contratou um alfaiate para fazer uma fantasia de soldadinho para ele, com um bonezinho, que se chamava bibi. Para ele e Odilon Ferreira”, ressalta Eliana.

Publicação
O livro tem 456 páginas, divididas em 27 capítulos, e traz também fotos do acervo pessoal de Geiss, da Fundação Pró-Memória e da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Impresso pela Gráfica e Editora Vitória, será vendido ao custo de R$ 50. A obra conta com apoio da Diclace, Visão Imóveis, Mil Máquinas, Rádio Jornal e NTI Equipamentos.

sábado, 14 de abril de 2018

Política e triângulo amoroso são ingredientes de romance mineiro


Autor propõe reflexão sobre questões históricas 

O escritor mineiro Aliel Paione lançou, em março, a obra Sol e Sonhos em Copacabana, publicação da Editora Pandorga. Na trama, que se passa em 1900, durante o governo de Campos Sales, Jean-Jacques Chermont Vernier, um jovem diplomata francês, se muda para o Brasil para trabalhar na Embaixada da França como consultor econômico.

Depois de cerca de um ano morando no país, ele vê uma mulher lindíssima, Verônica, ao passar em frente ao cabaré de luxo Mère Louise, que realmente existiu na época e se localizava em Copacabana, no Rio de Janeiro. Sem conseguir tirar a imagem daquela morena de sua mente, resolve voltar ao local à noite para, enfim, poder conhecê-la e conversar com ela pessoalmente. Quando a vê descendo as escadas com Louise, administradora do cabaré, apaixona-se.

Jean-Jacques, num átimo, percebe estar diante da mulher mais linda entre todas que vira na vida. Jamais poderia imaginar criatura tão bela. Verônica era alta, um pouco maior que ele, e possuía a pele discretamente dourada; os cabelos eram negros, abundantes, e os olhos verde-claros, da cor de certos matos da Tijuca.

"Iludido e surpreendido com tanta beleza, estava diante de uma daquelas raríssimas tiranas de corações, pois Verônica seria capaz de levar um homem ao céu ou ao inferno com a mesma facilidade com que as folhas secas, caídas sobre o chão, são sopradas pelo vento."

Apesar de ser correspondido, Chermont sabe que Verônica é amante de um respeitável senador da república, José Fernandes Alves de Mendonça, que trabalha com o ministro da Fazenda de Campos Sales, Joaquim Murtinho, nas negociações do Funding Loan. Tem-se, então, um triângulo amoroso de consequências e desdobramentos surpreendentes.

Aliel Paione também induz os leitores a refletirem sobre questões políticas e históricas dos tempos da política do Café com Leite e do governo republicano de Campos Sales. O autor aborda e critica ainda a desilusão daqueles tempos criada por um capitalismo inescrupuloso e o cinismo debochado de políticos da época.


384 páginas
Preço médio R$ 35

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Psicologia e literatura: romances buscam provocar reflexões

Divulgação

Graduada em psicologia, a carioca Beatriz Cortes, de 23 anos, vem conquistando o público com romances que abordam assuntos da sua profissão mesclados em suas narrativas. Ela escreve há mais de 10 anos e já publicou quatro livros.

Em histórias que mesclam a sua graduação na área de estudos do pensamento humano com problemas do dia-a-dia, Beatriz caiu também no gosto do ciberleitor. Seu lançamento para 2018, a comédia romântica Meu Doce Azar, foi lida por 250 mil pessoas, na ferramenta Wattpad.

Além disso, as obras anteriores Aonde quer que eu vá, Por uma questão de amor e O outro lado da memória, que entram na categoria drama, abordam temáticas como Síndrome do Pânico, traumas, luto e melancolia, em narrativas embaladas com muito romance. Seja um amor que acabou antes do tempo, um coração partido ou a desconfiança de acreditar em outra pessoa.

Na obra lançada em 2016, Aonde quer que eu vá, ela chegou a pesquisar por cerca de dois anos sobre as olimpíadas e a ginástica artística antes de escrever a sua história.

“Acredito que o diferencial de todos os meus livros é a psicologia. Não é a história que possui temas da psicologia, primeiro eu escolho o tema que quero abordar e, depois disso, crio a história. Acho que a psicologia e a literatura estão completamente interligadas na minha vida e isso fica muito aparente em minha escrita. Gosto do fato do livro não ser apenas um lazer, uma diversão, gosto que ele provoque reflexão e sentimentos diversos”, declara a autora.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

O lado obscuro do poder

"Nosso momento é grave, não somente economicamente, mas espiritualmente falando"

O Partido, lançado em 2016 pela Casa dos Espíritos, não fala apenas de uma sigla, uma denominação política; a obra, ditada pelo espírito Ângelo Inácio ao médium Robson Pinheiro, aborda uma trama bem maior, uma obsessão complexa que atinge o mais alto nível de requinte e crueldade, e que deseja atingir uma sociedade inteira. O projeto de domínio sombrio alicia políticos, empresários e cidadãos.

Magos negros, espectros e especialistas em hipnose coletiva alastram artimanhas, a fim de impedir que o País cumpra seu destino:
"(...) Tudo colima nossa tática: de um lado, seduzir 'os bons' por meio do discurso, de outro, alimentar a massa com migalhas, mantendo-a submissa a nossos intentos, enquanto usamos todos como aliados, sem que o suspeitem (...)." 

Durante a narrativa, o autor espiritual conta detalhes sobre os planos de ruína da humanidade terrestre, por meio de lideranças políticas, e até personalidades midiáticas e sociais. Um deles é apresentado como 'o homem forte', sempre acompanhado de uma figura, a quem denominam 'Ella'. Ambos são fantoches completamente dominados pelas forças trevosas, como na ocasião em que recebem a 'orientação':

"É imperativo insuflar a ideia de que falta de cultura e conhecimento superficial denotam humildade, de que preguiça e mediocridade significam sabedoria e são atributos de quem sabe aproveitar a vida. O consumo de produções vis, músicas de baixa qualidade e de futilidades em geral deve ser estimulado como alimento para a alma (...)."

"A você, Ella, caberá convencer o povo de que sofreu muito e foi vítima de tortura (...). Jamais permita que o povo conheça a realidade do seu passado (...). Esse espírito de mártir sempre conquista a população (...) onde há pouca disposição para a pesquisa e o estudo (...)."

Qualquer semelhança com a realidade não é mera coincidência...

Os guardiões superiores enfrentam as sombras, porém, dependem das aspirações e realizações humanas:
"Diante do quadro dramático em que se vê nossa nação, errar menos já seria de muito bom grado diante dos extremos a que chegaram os representantes eleitos democraticamente (...)."

As entidades da luz trazem uma orientação fundamental:
"Nenhum homem, assim como  nenhum governo ou partido, alcançaria êxito (...) ao içar o País das profundezas a que fora arrojado por irresponsabilidade de seus eleitores e líderes políticos. Era imperioso se unirem, porem de lado as divergências e enfrentarem o perigo de se prolongar ainda mais o sistema criminoso atual, que elevara a corrupção a método de governo, a bandeira defendida pela militância, a modus operandi em todos os meandros da administração pública."

O barão de Mauá também lembra dos 'oportunistas', ou falsos profetas da atualidade:
"Agora aparecem médiuns mal resolvidos, dirigentes piedosos e seguidores carolas com discurso santarrão alegando falar em nome de espíritos superiores. Anote bem: quando estas novas palavras forem divulgadas, decerto aparecerá um médium ou outro que as lerá e depois, irá psicografar algo semelhante, atribuindo tais pensamentos a uma revelação de um ou outro espírito esclarecido. É oportunismo, sim! (...)."

Em suma, O Partido nos desperta a reflexão sobre o que estamos fazendo com tudo isso: permanecemos apenas como espectadores, ou, em nosso íntimo buscamos o caminho diferente do qual segue 'a manada'?

O prefácio, ditado pelo espírito de Tancredo Neves, nos indica o longo caminho a seguir: 
"Em caráter emergencial, precisamos nos irmanar em oração, todos os que de alguma forma querem o bem do povo brasileiro."

Trilogia
Pinheiro é autor de outras obras que abordam a ação de entidades trevosas no planeta, tais como: Legião, Senhores da escuridão e A marca da besta - com resenhas aqui no blog (julho/2011).

288 páginas
Preço médio R$ 40




quarta-feira, 4 de abril de 2018

Escritor de 7 anos lança segundo livro

Divulgação

Paixão do garoto pelo espaço o levou a ser reconhecido como um incentivador da educação no Brasil

João Paulo Barrera é o mais jovem escritor bilíngue e o mais novo brasileiro a ser premiado pela Agência Espacial Americana (NASA). Depois de escrever seu primeiro livro aos seis anos, o paulistano lançou sua segunda obra, Morando no Espaço – Living in Space, no dia 24 de março, na Livraria Cultura do Shopping Villa Lobos.

Trata-se de uma sequência do primeiro livro, No Mundo da Lua e dos Planetas – In the World of the Moon and the Planets, em que três amigos constroem um foguete com materiais reciclados e saem voando pelo espaço para aprender mais sobre ciência.

Na história, o trio Mike, Maria e Toreno voltam ao espaço para construir uma estação espacial e morar por lá. Para isso, eles reúnem muito conhecimento sobre ciência, um time de especialistas, pesquisas da NASA e usam a imaginação para encontrar soluções para problemas como meteoritos e lixo espacial. Novamente, João Paulo traz a importante mensagem da preservação e do cuidado com o ambiente onde se vive.

O livro contém ainda um apêndice com curiosidades sobre o Universo e as dicas de respeito do jovem autor para as crianças crescerem sendo boas e ajudando a cuidar melhor da Terra. 

A paixão do garoto pelo espaço o levou a ser reconhecido como um incentivador da educação no Brasil. Ele faz palestras sobre o tema, além de ser o embaixador oficial do Nasa Science Days no Brasil, evento da agência espacial americana que busca incentivar nas crianças o gosto por astrofísica.

Publicação da Trilha Educacional
40 páginas
Preço médio R$ 50

terça-feira, 3 de abril de 2018

Carmilla: clássico gótico é reeditado

Obra de Le Fanu antecedeu conto de Bram Stoker e trouxe a primeira vampira homossexual da literatura


Carmilla – a vampira de Karnenstein antecedeu e influenciou o Drácula de Bram Stoker. Com este clássico, o autor Joseph Sheridan Le Fanu tornou as criações vampirescas uma mania e, ainda, a frente de seu tempo, deu vida à primeira vampira homossexual da literatura.

Destaque entre as obras do gênero gótico, Carmilla traz muitas inovações e criou um arquétipo que se cristalizou no imaginário dos fãs ao longo dos séculos. Na verdade, não é um livro sobre vampiros, mas sobre a vampira, personagem lasciva da literatura vampiresca na história.

A obra é narrada por Laura, jovem que vive isolada com o pai em um castelo na Estíria – região do antigo império Austro-Húngaro. Uma hóspede inesperada, entretanto, despertará os sentimentos amorosos da jovem, ao mesmo tempo em que lhe trará terror por desencavar antigos pesadelos da infância.

Carmilla é um conto sobre sedução e horror, criaturas ancestrais e o despertar da maturidade, amor e repulsa. Um clássico para os amantes do gênero. A nova edição tem o selo Via Leitura, da Edipro


96 páginas
Preço médio R$ 33

segunda-feira, 2 de abril de 2018

Biografia romanceada traz episódios da vida de Carlota Joaquina

Do mesmo autor de A biografia íntima de Leopoldina, o livro percorre momentos marcantes vividos pela rainha

O livro Memórias de Carlota Joaquina: a amante do poder, do historiador Marsílio Cassotti, é um romance biográfico sobre uma das mulheres mais emblemáticas da História, a rainha Carlota Joaquina de Borboun (1775-1830).

Com base em documentos históricos e testemunhos de quem conviveu diretamente com a "princesa rebelde”, a obra apresenta uma Carlota que, em primeira pessoa, expõe as intrigas políticas da família, a fuga dos Bragança para terras brasileiras, o casamento aos dez anos de idade com Dom João VI e a relação com o mulherengo Dom Pedro.

Além disso, a obra trata de sua misteriosa lealdade a Portugal durante a traiçoeira Guerra das Laranjas e dos rumores sobre os seus amantes. As intenções de ser coroada rainha em Buenos Aires e a sua recusa em jurar a Constituição liberal também são destaques no livro.

Diante das ameaças da Revolução Francesa, Carlota buscou o protagonismo nos assuntos públicos, desagradando aqueles que não aceitavam a participação feminina nos negócios.

O foco do historiador Marsilio Cassotti é, justamente, demonstrar a coragem e a valentia desta mulher, que ansiava o poder direto sobre as ações políticas, característica não muito bem vista às mulheres da época.

Cassotti também é autor de A biografia íntima de Leopoldina, publicado no Brasil também pela Planeta de Livros, o qual está na terceira edição.


328 páginas
Preço médio R$ 30