terça-feira, 15 de julho de 2014

O pequeno príncipe


Repleto de simbolismos, o livro revela questões que levam leitores de todas as idades a uma reflexão atemporal sobre a vida

Há pessoas tentando salvar o mundo, mas se esquecem de seu interior, daquilo que lhe é caro, e de quem está tão próximo em seu dia-a-dia. É sobre isso que trata o livro O pequeno príncipe. Em suas páginas, Exupéry nos oferece uma obra repleta de gravuras, em aquarelas do próprio autor, com linguagem facilmente assimilada – por isso equivocadamente considerada infantil. O curso da narrativa, porém, revela a força da mensagem em seu conteúdo, e o leitor adulto se vê surpreendido com questões como amor, ganância, soberba, vaidade, poder e amizade, que o levam a uma reflexão atemporal sobre a vida.

A história fala de um menino que vivia sozinho em um asteroide muito pequeno, onde existiam três vulcões e uma flor orgulhosa de grande beleza, a qual ele amava acima de tudo. Um dia, ele inicia uma jornada por vários planetas, até chegar à Terra, e encontrar um piloto no deserto do Saara. Alguns dos personagens que o príncipe conhece são: o vaidoso, capaz de ouvir apenas elogios; o homem de negócios que possuía as estrelas, contando-as em uma ambição inútil e desenfreada, a serpente enigmática.

"O pequeno príncipe" possui texto repleto de simbolismoEscrito na década de 1940, o livro já foi traduzido para 80 idiomas. Considerada por muitos como uma obra infantil, a pequena história de Saint-Exupéry propõe a ideia de que não é necessário que sejamos crianças para ler seu livro, mas sim, que precisamos apenas deixarmos de ser adultos o tempo todo, e tentarmos enxergar o mundo com menos preocupação e mais pureza. Uma história simples, aparentemente ingênua, que se mostra comovente e com um profundo conteúdo filosófico. O livro sugere que, para fazer a diferença, basta apenas que sejamos nós mesmos, com nossos sonhos, medos, desejos e belezas.


Uma das frases mais conhecidas do livro diz: ‘Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas’, e ensina que devemos cuidar de tudo o que plantamos pela vida.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

A coragem de ser feliz


Sob a ótica espiritualista esotérica, livro propõe o conhecimento da natureza  humana como solução de conflitos nos relacionamentos afetivos



Em 2011, Silvio Tadeu Siqueira lançou seu primeiro livro, ‘É Preciso Coragem Para Ser Feliz’, que já se encontra em sua segunda edição. O autor, que atua como terapeuta holístico em Campinas, cidade onde reside, e em Artur Nogueira, fala um pouco sobre a obra e sua trajetória pessoal.

O autor conta que sempre se preocupou com o sofrimento humano, e que a principal causa dos conflitos está nos relacionamentos afetivos. “A ideia de escrever um livro surgiu assim que percebi que muitos não tinham condições de pagar pelas sessões de terapia. O livro torna-se um meio mais acessível”, afirma Silvio. “A maioria dos problemas vêm do casamento. Indivíduos diferentes se unem em um mesmo ambiente, e isso gera muitos conflitos”, completa.

O conteúdo presente no livro é o resultado de pesquisas de causas dos maus relacionamentos conjugais, e dos cursos desenvolvidos pelo autor, ‘A Arte de Viver Bem’ e ‘Carinho e Afetividade’. Silvio Siqueira oferece aos seus leitores histórias de sucesso no tratamento de cerca de 4 mil casais, além de esclarecimentos sobre sexualidade, comportamento e programação instintiva de homens e mulheres. “A partir do momento em que homem e mulher entendem as necessidades e perfis psicossociais um do outro, surge a solução para os desentendimentos, e ocorre a harmonia entre o casal”, explica Silvio.

Além da prática como terapeuta, Silvio realiza palestras em empresas e universidades, e é expositor espírita. “Estou há 37 anos no Espiritismo; faço parte da ‘Aliança Espírita Evangélica’ (fundada por Edgard Armond)”, comenta. Atualmente, o terapeuta está trabalhando no projeto ‘Vamos Brincar de Fazer Um Brasil Melhor’, livro com quadrinhos, destinado ao público infanto-juvenil. Para o futuro, Silvio pretende escrever sobre sua experiência com Terapia de Vidas Passadas (TVP).

Para adquirir o livro e saber mais sobre o autor, basta acessar:
Contato: silviotsiqueira@yahoo.com.br

Fachadas literárias

A exemplo do que foi feito em Tyumen e em Kansas City, há outras fachadas não menos inspiradoras, que vale a pena admirar. Vamos a elas:

Círculo de livros e música, em Pittsboro, Estados Unidos

Intervenção em muro, Cleveland - Ohio (EUA)

Garagem em Portland, estado norte-americano de Oregon, EUA (Portland State University)

Biblioteca de Lyon, França

Lanusei, Sardinia (Itália) - artista: Mauro Angiargiu

Biblioteca de Duluth, Minnesota (EUA)

Intervenção em Paris, França

Muro em Salt Lake City, estado de Utah (EUA)

Fachada realizada por Sanja Medic, em Amsterdã, Holanda


Fonte: Priscila Yamani/Homoliteratus



Paredes literárias

Fachada de escola na Rússia ganha nova vida

No final de 2012, a fachada da escola de Tyumen, na Rússia, foi restaurada pelo grupo local "Cor da cidade".


A ideia foi inspirada no visual da biblioteca pública de Kansas, no Missouri, Estados Unidos. O prédio foi inaugurado em 2004, e custou 50 milhões de dólares. A fachada possui 22 lombadas de livros, que medem 7,5m de altura por 2,7m de largura, e representam títulos significativos de diversas áreas da literatura. (Ricardo Setti, Veja, 5 de maio de 2012).




Imagens: Brinque-Book (Facebook) e Turtelia (blog)
Colaboração: Galdino Cocchiaro

quinta-feira, 10 de julho de 2014

A sabedoria dos cães


Os cães possuem alma dotada de grande capacidade espiritual, com valores que os humanos deveriam alimentar continuamente

A sabedoria dos cães” é o resultado da união das experiências de vida de pai e filho – Deepak e Gotham Chopra – após três gerações da família. O pano de fundo é a presença dos animais de estimação no lar, e que se tornam, inclusive, motivo de conversas e filosofias. Eventos familiares cotidianos, incluindo nascimento e morte, são tratados pelos autores levando em conta a presença dos cachorros e sua influência na vida de cada membro da família.

Nos anos 1980, Nicholas, um filhote de samoieda (originária da Rússia), chega à casa da família Chopra e transforma definitivamente a vida de todos. Algumas décadas mais tarde, eles acolhem a vira-latas Cleo, que se torna protagonista de uma aventura mais que especial: a cachorrinha corre pelos corredores de Neverland, querendo ansiosamente brincar com ninguém mais, ninguém menos que Michael Jackson! – a visita da ilustre personagem ao rei do pop está devidamente registrada por Deepak e Gotham no capítulo cinco.    

A convivência com os cães ensinou aos Chopra muito sobre curiosidade, sabedoria, clareza mental, lealdade e respeito de forma profunda e autêntica. Há também um paralelo dessas lições com tudo o que Deepak transmitiu em seus livros e conferências.

Em uma passagem bastante interessante, Deepak fala sobre a proximidade entre os cães e as crianças. Ele afirma:
“Estudos mostram que crianças que crescem com cachorros na casa têm menos probabilidade de desenvolver certas alergias e até mesmo asma. O fato de os animais trazerem um pouco de sujeira para dentro de casa é bom (...). Isso estimula e fortalece o sistema imunológico da criança”.
Podemos ver aqui uma reflexão sobre a alma do melhor amigo do homem, dotada de incríveis capacidades espirituais, e que possuem valores que nós, humanos, deveríamos alimentar continuamente.

Finalizo citando um trecho do livro, no primeiro capítulo, que sintetiza muito bem todo o conteúdo de “A sabedoria dos cães”:
“(...) quanto mais aprendo sobre os animais em geral, mais entendo que a maioria é formada por seres emocionais. Eles formam hierarquias sociais. Criam laços estreitos com sua prole. Cantam e brincam. E alguns têm níveis de consciência, até quase a consciência, de forma que têm senso de humor. Os animais e os humanos também criam ligações especiais por meio da ressonância límbica, consolidando seu bem-estar fisiológico e emocional. Os mamíferos têm um cérebro límbico e desenvolvem relações emocionais e espirituais conosco. Eu provavelmente deveria passar mais tempo com os animais.”
________________________________

Ficha técnica:
A sabedoria dos cães
Leya/Lua de Papel, 2011
Número de páginas: 247
Preço médio: R$ 30,00

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Armadilhas da mente


Os psicoterapeutas representam garimpeiros em busca do tesouro enterrado sob os escombros da mente

“Quem sou eu? Quem sou eu? É insuportável! Quem sou eu?” – a pergunta foi repetida várias vezes, logo na primeira página, por Camille, protagonista do livro de Augusto Cury. A personagem central de “Armadilhas da mente” nasceu da composição de vários pacientes tratados pelo autor e psiquiatra, e representa milhares de indivíduos que, a despeito de uma mente excepcional, trazem ocultos em si mesmos diversos conflitos e traumas não resolvidos.

Camille é uma mulher rica, culta e de inteligência incomum. Ela era capaz de enfrentar embates incríveis, encarar o mundo sem medo, porém, não conseguia olhar para seu universo interior. Para ela, as ideias eram mais valiosas do que as imagens. Em um de seus romances, ela definiu sua própria trajetória na frase: “(...) A dor que eu vejo está na periferia do espaço, a dor que eu sinto está no centro do Universo. É maior do que você entende e muito maior do que eu explico”.

Após várias tentativas frustradas de tratamento, nas quais Camille rechaçou todos os psiquiatras, eis que entra em cena o doutor Marco Polo, que faz com que ela busque alguém muito importante esquecido no caminho: ela mesma.  

Segundo o autor, nossa sociedade é extremamente estressante, e isso acaba favorecendo o surgimento de um cenário sombrio, onde a ansiedade e a intolerância reinam absolutas, e a serenidade passa a ser característica de malucos! Augusto Cury sugere que os psicoterapeutas têm pela frente uma tarefa mais complexa do que simplesmente tratar as doenças mentais e emocionais de seus pacientes: esses profissionais se tornaram ‘garimpeiros’ que buscam o tesouro escondido nos labirintos da psique humana.

“Armadilhas da mente” faz com que haja uma identificação do leitor com Camille, pelo menos em algumas passagens. As descobertas da personagem em relação aos seus traumas e fobias, assim como a análise de seus sentimentos em determinadas situações leva a reflexões sobre a autonomia que temos sobre nossa vida. É um livro para ser lido com lápis ou caneta marca-texto nas mãos!  

Augusto Cury desenvolveu a Teoria da Inteligência Multifocal, que analisa a construção dos pensamentos e os diversos papeis do nosso ‘Eu’ como autor de nossa história. Sua obra ensina, antes de tudo, que nossa mente é como um cofre – e que jamais alguém deve tentar ‘arrombar’ esse cofre, mas sim, abri-lo com a chave correta.
_____________________________    
Ficha técnica:
Armadilhas da mente
Arqueiro, 2013
Número de páginas: 253
Preço médio: R$ 25,00

terça-feira, 8 de julho de 2014

Amar pode dar certo


Nascemos com vocação natural para amarmos e sermos amados, e renunciar a isso é como abandonar parte essencial de nossa vida

Em uma época de relacionamentos virtuais e descartáveis, o título deste livro pode até soar como música aos ouvidos de muita gente. Em "Amar pode dar certo" os autores tiveram a modesta pretensão de mostrar como a visão distorcida de nossa cultura sobre o amor acaba dificultando o exercício desse sentimento.

Aliás, o amor é muito mais do que um sentimento. Nós fomos “projetados” para amar, afinal, Deus, nosso Criador, é o Amor na essência (eu creio nisso). Dessa forma, a proposta do livro é abordar os vários aspectos do amor, porém, com maior foco no relacionamento a dois. De forma simples, o texto procura inverter a crença da maioria das pessoas de que amar é doloroso, complicado e causa frustrações – características, por sinal, bastante reforçadas por décadas nas músicas “dor de cotovelo”, no cinema e nas novelas.

“Amar pode dar certo” é democrático: indicado para quem está na solidão (sem um amor, ou, o que é pior, na solidão a dois), para casados, namorados, ficantes... Em suas páginas existe o questionamento sobre nossa forma de amar, o que nos leva às decepções e frustrações. A obra nos faz ver a necessidade de sermos criativos, inovadores e corajosos também nos relacionamentos, nos tornando capazes de reinventar o amor e criar novas formas de estarmos com alguém.

A principal lição que o livro nos traz é de que o amor exige trabalho, dedicação, mas não sacrifício (aí já não é amor). Ninguém é perfeito e nas relações nada está pronto – é necessário construir a cada dia. Entretanto, novos conceitos de união e relacionamento foram desenvolvidos para que as pessoas sejam felizes a seu modo. O amor pede, antes de tudo, vínculos de amizade, pois a relação sem este ingrediente perde o sentido e se dissolve.

Roberto e Eliana afirmam, com leveza e simplicidade, que temos vocação natural para amarmos e sermos amados, e que desistir do amor é abandonar a parte essencial da própria vida. Por isso, acredite que 'amar já deu certo'!   

Escrito em 1988, “Amar pode dar certo” foi relançado em 2012, com nova análise sobre as mudanças ocorridas nos relacionamentos. Entre as principais transformações, os autores citam o aumento significativo de mulheres independentes profissional e economicamente, o que, inevitavelmente revolucionou o cenário das relações.
______________________________________________
Ficha técnica:
Amar pode dar certo
Gente, 2012
Número de páginas: 200  
Preço médio: R$ 25,00