terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Simulacros e simulação, por Jean Baudrillard


  Escrito em 1981, “Simulacros e simulação” mantém-se inovador. 
   
  Em seu livro, Baudrillard aborda uma questão que já não seria apenas de um território, de um ser referencial, ou de uma substância, mas a geração, através de modelos, de um real sem origem nem realidade. A simulação não é mais a simulação de um território ou de um ser como referência – é o hiper-real.

   Baudrillard, Jean – Simulacros e Simulação. Portugal, Relógio d’Água, 1991. 

  Fichamento da primeira parte: "A precessão dos simulacros" (págs. 7 a 57) disponível em minhas publicações no ISSUU (Links).

Os meios de comunicação como extensões do homem


Mcluhan aborda os efeitos da tecnologia promovida pela eletricidade sobre o ser humano. Tempo e espaço são abolidos. Na fase final da extensão do homem há a simulação tecnológica da consciência, por meio da qual o processo criativo do conhecimento se estende por toda a humanidade.

Atualmente, os processos de ação e reação ocorrem quase simultaneamente, e nós ainda vivemos com um pé na modernidade, nos padrões pré-elétricos (mecânicos), e de espaço/tempo fracionados.

A análise da origem e do desenvolvimento das extensões individuais do homem deve ser precedida de uma observação aos aspectos gerais dos meios e veículos (extensões do homem). Um bom começo seria examinar o inexplicável entorpecimento que cada uma dessas extensões acarreta no indivíduo e na sociedade.

O autor propõe a discussão sobre a introdução e influência de novas tecnologias na sociedade humana. A afirmativa “o meio é a mensagem” significa que as consequências sociais e pessoais de qualquer meio são o resultado do novo padrão introduzido em nossas vidas – por uma nova tecnologia ou extensão de nós mesmos. 

Mcluhan, Marshall – Os meios de comunicação com extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 15ª reimpressão da edição de 1969.

O fichamento da primeira parte (págs. 21 a 37) está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links).

Dos meios às mediações, por Jesús Martin Barbero


O autor inicia a obra uma análise dos meios de comunicação até as mediações sociais, sob os pontos de vista dos estudos sociológicos, antropológicos e políticos, dos quais é conhecedor. Martin-Barbero aborda de forma detalhada as categorias de povo e classe, e sua complexidade na sociedade de massa. A explicação de como o rádio e o cinema unificaram as sociedades latino-americanas, resultando na ideia moderna que temos de nação, nos mostra a necessidade de estudarmos os padrões culturais para o melhor entendimento da política e da economia atuais. 

     A investigação sobre os métodos empregados pelos meios na América Latina é feita sobre os processos de constituição do massivo a partir das transformações nas culturas subalternas. A comunicação se converte em espaço estratégico onde se podem pensar bloqueios e contradições que dinamizam a sociedade, no caminho entre o subdesenvolvimento acelerado e a modernização compulsiva. Martín-Barbero aponta a necessidade de se abordar os processos de comunicação de massa em sua forma e esclarecer o movimento latino-americano das mediações promovidas pela sua gente.

Barbero, Jesús Martin – Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: UFRJ, 6ª edição, 2009.

O fichamento do capítulo 2 está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links). 


Cultura da Convergência, por Henry Jenkins


A convergência de mídias é mais do que apenas uma mudança tecnológica. Ela altera a relação entre tecnologias existentes, indústrias, mercados, gêneros e públicos. Altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam a notícia e o entretenimento. A convergência refere-se a um processo, não a um ponto final. Ela define mudanças tecnológicas, industriais, culturais e sociais no modo como as mídias circulam em nossa cultura.

Em seu livro, Henry Jenkins demonstra como instituições arraigadas estão se inspirando nos modelos das comunidades de fãs e se reinventando para uma era de convergência de mídias e de inteligência coletiva.
Para ele, a convergência representa uma mudança no modo como encaramos nossas relações com a mídia.

No capítulo de introdução, Jenkins deixa bem claro o termo convergência, que, num conceito mais amplo, se refere a uma situação em que múltiplos sistemas de mídia coexistem e em que o conteúdo passa por eles fluidamente. Convergência é entendida aqui como um processo contínuo ou uma série contínua de interstícios entre diferentes sistemas de mídia, não uma relação fixa.

Jenkins, Henry – Cultura da convergência. São Paulo, 2ª edição, Aleph, 2009.

O fichamento do capítulo "Venere no altar da convergência" (págs. 27 a 53) está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links). 

Modernidade Líquida, por Zygmunt Bauman


Em sua obra, Bauman pretende esclarecer como se deu a transição da modernidade sólida para a modernidade imediata, “leve, líquida e fluída”. O autor auxilia-nos a repensar conceitos e esquemas utilizados para descrever a experiência humana individual e sua história conjunta.

Para definir os novos tempos, Bauman sugere o termo “líquido” como uma variedade dos fluídos, já que estes se movem facilmente, são filtrados, destilados – diferente dos sólidos, que são contidos, imobilizados.

No capítulo 3, especificamente, há uma análise da questão tempo/espaço – os espaços públicos e privados, os “não-lugares”, o temor do estranho, do diferente. O autor discute a instantaneidade como forma de dominação e manipulação dos que estão no topo sobre aqueles que estão na base da pirâmide social; o controle do tempo e do espaço como urgência e objetivo final.

  Bauman, Zygmunt – Modernidade Líquida. Rio de Janeiro, Zahar, 2001.
   
   O fichamento do capítulo 3 está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links).

Cibercultura, por Pierre Lévy


Com uma linguagem simples e texto fluído, Pierre Lévy faz um ensaio sobre as implicações culturais do desenvolvimento do ciberespaço. É uma obra voltada aos não-especialistas que tentam entender as novas tecnologias, suas implicações culturais, seu uso e suas questões. 

O autor explica como o ciberespaço permite a combinação de vários modos de comunicação. Por exemplo, estão em graus de complexidade crescente: o correio e as conferências eletrônicos, o hiperdocumento compartilhado, os sistemas avançados de aprendizagem ou de trabalho cooperativo e os mundos virtuais multiusuários.

As realidades virtuais compartilhadas, que permitem a comunicação entre milhões de pessoas, devem ser consideradas como dispositivos de comunicação todos-todos, típicos da cibercultura.

Lévy, Pierre – Cibercultura. São Paulo, Companhia das Letras, 2007.

Obs.: O fichamento do capítulo 5 pode ser encontrados em minhas publicações no ISSUU (Links).