quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Black Sabath: biografia celebra os 45 anos da banda


Biografia revisita álbuns e episódios polêmicos 
de uma das maiores bandas de heavy metal

  Em 1968, na periferia de Birmingham, Inglaterra, quatro rapazes resolveram chutar o lema ‘paz e amor’, cultuado pelos hippies, e trouxeram ao mundo uma sonoridade mais sombria e pesada do rock. O estilo se originou da mistura de Chuck Berry, Elvis, Beatles e Rolling Stones, dando à luz um novo subgênero musical. Assim surgiu o Blacksabath – nome inspirado no filme As Três Máscaras do Terror (1963), do diretor italiano Mario Bava. O livro foi lançado em comemoração dos 45 anos da banda e a vinda do quarteto ao Brasil em outubro.

  A biografia faz uma visita a todos os álbuns, e contém depoimentos, críticas, as polêmicas, o consumo de drogas, problemas pessoais e crises criativas. O primeiro álbum, homônimo, com as letras obscuras de Geezer Butler, os acordes distorcidos de Tony Iommi, a cozinha pesada de Bill Ward, casadas com a voz de Ozzy Osbourne, vendeu um milhão de cópias, consolidando o heavy metal. Os quatro álbuns seguintes confirmariam o estilo, lançando os hits “Paranoid”, “Iron Man”, “War Pigs”, “Sweet Leaf”, “Snowblind” e “Sabbath Bloody Sabbath”.

  Desavenças entre os membros do grupo, além do desgaste na capacidade de criação, fizeram com que Ozzy deixasse o Sabbath em 1978. A chegada de Ronnie James Dio trouxe uma energia renovada, que originaram Heaven and Hell e Moby Rules. Em 1983, Ian Gillan assume os vocais na gravação de Born Again, naquele que seria o último suspiro criativo da banda.

  Glenn Hughes, Ray Gillen, Tony Martin e Dio assumem novamente os vocais entre 1985 e 2000, numa tentativa de dar uma continuidade ao Black Sabbath. Apenas “Reunion”, de 1998, é uma exceção, pois reatou a formação original para shows e o posterior lançamento de um disco ao vivo. O retorno definitivo ocorreu somente este ano, com o lançamento de 13. O Sabbath agora tem os três integrantes originais, além de Brad Wilk, do Rage Against the Machine, assumindo as baquetas.
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Ficha Técnica
Black Sabbath
Universo dos Livros
Número de Páginas: 184

Preço médio: R$ 35

Laurentino Gomes


O autor, vencedor de 4 prêmios Jabuti, lança o livro que encerra 
a trilogia sobre a História do Brasil 

  Quando iniciou suas pesquisas sobre a História do Brasil, pelos idos de 1997, Laurentino Gomes não imaginava a repercussão que sua obra teria no mercado literário. O primeiro livro, lançado em 2007, deveria chamar-se inicialmente ‘Segredos da Corte’, pois tratava da vinda da família real portuguesa para a colônia, o Brasil. Como o fato se deu no ano de 1808, este acabou sendo o título do livro que deu início a trilogia.

  Nos anos seguintes, Laurentino continuou suas pesquisas e, em 2010, nasceu ‘1822’. De acordo com o jornalista, “este foi mais trabalhoso e angustiante”, e afirma ainda que é preciso entender o que é um historiador: “O desafio do meu trabalho é realizar uma pesquisa profunda, o que, aliás, eu gosto muito de fazer, pois quando a gente se encanta com a descoberta, passa isso para o leitor”, declara. Sobre as pesquisas de dados históricos, ele garante que levou cerca de três anos para cada livro. 

  O terceiro livro da trilogia foi lançado recentemente. ‘1889’ narra vários momentos que antecederam a Proclamação da República, como a Guerra do Paraguai e o movimento abolicionista, além de passar pelos primeiros anos da República Velha. "A divergência entre monarquistas e republicanos fez com que a narrativa dos acontecimentos fosse difícil, pois há versões muito contraditórias. Uma delas diz que o marechal Deodoro da Fonseca entrou no pátio do Ministério da Guerra e deu um 'viva' ao imperador. Outra, diz que, em vez de anunciar a mudança de regime, teria dito que levaria uma nova lista de ministros para a aprovação do monarca. Isso significa que ele não estava proclamando a República", observa Laurentino. O autor acrescenta que consultou aproximadamente 150 livros, e expõe em suas obras todas as versões encontradas, para que o leitor conheça todas elas e tire as suas conclusões.

  Ainda sobre o tema central de ‘1889’, a República, o jornalista aponta que a propaganda dos republicanos era “ampliar a participação e a cidadania, instituir o voto popular, educar as pessoas e incorporar os excluídos. Ela falhou nesse aspecto, pois logo em seguida se converteu em uma ditadura, com Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto". Laurentino acrescenta que a situação não se alterou quando o poder passou para as mãos dos civis: "a equação de poder continuou a mesma do Império".

  '1889, no entanto, termina com um viés mais otimista: "Falo sobre a campanha das Diretas, onde temos pela primeira vez na História o povo nas ruas pedindo eleições. A República foi proclamada de fato no Brasil apenas em 1984", salienta. 

  Vencedor do Prêmio Jabuti por quatro vezes, Laurentino Gomes tem realizado viagens pelo país para divulgar o lançamento de '1889'. No final de outubro, o autor esteve na livraria Nobel do Polo Shopping, em Indaiatuba, para tarde de autógrafos e bate-papo. Ao ser questionado sobre projetos futuros, o jornalista foi reticente: "Pretendo continuar escrevendo sobre História do Brasil, em linguagem jornalística, acessível ao leitor".
Crédito foto: Adri Brumer Lourencini

Amante finalmente


Novo volume da série 'Irmandade da Adaga Negra'
une os vampiros Qhuinn e Blay em uma relação homossexual

    A série vampiresca Irmandade da Adaga Negra colocou a escritora J. R. Ward na lista de best-sellers do The New York Times. Ela também assina os volumes da saga Fallen Angels, publicados igualmente pela editora Universo dos Livros, sendo considerada um dos maiores expoentes do gênero paranormal vampiresco.

   Amante Finalmente revê a trajetória de Qhuinn e Blay, próximos devido a uma tensão sexual já tratada nos romances anteriores, porém, agora envolvidos homossexualmente por uma atração que vai além da mera sugestão. O cenário é o mesmo, Caldwell, Nova York, onde se desenrola a guerra entre a Irmandade Secreta dos vampiros defensores da Raça e seus inimigos redutores. Qhuinn, um dos lutadores mais brutais, escolhe a fêmea Layla, com quem tem um filho. Blay, por sua vez, mesmo apaixonado pelo guerreiro, se envolve com Saxton. A trama é incrementada com passagens picantes, contrapondo-se às cenas de batalhas, reviravoltas e intrigas. A autora explora com maior intensidade o lado pessoal de Qhuinn, ao trazer à tona seu passado.

   A exemplo dos outros livros da série, Ward leva os leitores a subtramas e pontos de vista diferentes, indicando os rumos que os próximos volumes irão tomar. Novos jogadores e amantes entram em cena, como o intelectual Assail, além do conflito entre Wrath e Beth. A obra sugere um crucial e derradeiro destino para Qhuinn e Blay, em uma jornada angustiante para a dupla homossexual. O suspense fica por conta da decisão do guerreiro entre permanecer ao lado de Layla, no seio familiar com o qual sempre sonhou, ou se entregar aos sentimentos que nutre por Blay.
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Ficha técnica:
Amante Finalmente
Editora Universo dos Livros
Número de páginas: 680
Preço médio: R$ 50

Pecado sombrio

   


A noite pode representar um período mágico e emocionante para muitos. No entanto, para outros, ela traz o pavor de criaturas horrendas, sons sinistros e atos insanos

   Pecado Sombrio foi lançado em setembro pela Editora Universo dos Livros, o terceiro da série Cárpatos, precedido por Príncipe Sombrio e Desejo Sombrio, da autora Christine Feehan. O livro é um romance de ficção com seres sobrenaturais, e tem como pano de fundo uma história de amor.

  A personagem central é Alexandria, uma jovem de 23 anos que tem a missão de cuidar de seu irmão Joshua, de 6 anos, após seus pais morrerem em um acidente. Os dois viviam em San Francisco, em uma pensão de baixo nível, frequentada por prostitutas, alcoólatras e usuários de drogas. Alex não tinha a intenção de permanecer naquele local, e queria oferecer ao irmão uma boa educação e conforto. Profissional de design gráfico, Alex consegue uma entrevista com Thomas Ivan, famoso criador de jogos para computadores e videogames. Ivan se impressiona com as qualidades da moça, tanto para os desenhos quanto na aparência. 

  O que Alex não esperava é que o encontro de negócios se transformasse em momentos de terror: a voz maligna do vampiro Paul Yohenstria ecoou em sua mente, chamando-a para si, enquanto mantinha o pequeno Josh consigo. Para proteger o irmão, ela se viu obrigada pela criatura a ceder e acabou se tornando uma vampira. 

  Os irmãos foram levados para a caverna de Paul, no topo de uma montanha, onde ele forçou Alex a satisfazer seus desejos mais primitivos, ameaçando Josh todo o tempo. É então que surge um novo ser da escuridão. Aidan Savage, membro do antigo clã Cárpato, destrói o vampiro Paul, livrando Alex e Josh de um destino insano. Mais tarde, a vampira descobre que Aidan a deseja mais que tudo. Contudo, ela se vê na iminência de sucumbir ao amor selvagem do seu salvador e cometer o maior e mais sombrio pecado de sua vida.
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Ficha técnica:
Pecado Sombrio
Editora Universo dos Livros
Número de páginas: 408
Preço médio: R$ 45

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Feira do Livro Espírita

Novembro tem nova edição da Feira do Livro Espírita em Indaiatuba

No próximo final de semana - de 8 a 10 de novembro (sexta a domingo) - será realizada a Feira do Livro Espírita, na Praça D. Pedro II, em Indaiatuba. Em todos os dias da feira, o horário será das 9h às 18h. Entre as obras, os visitantes poderão conferir todos os volumes da codificação kardequiana, romances mediúnicos, infanto-juvenis, além de CDs/DVDs e livros de mensagens.
Promovida pela USE (União das Sociedades Espíritas) Indaiatuba, a feira trará nesta edição a médium psicopictógrafa Tânia Massucati Benedicto, em tarde de autógrafos no sábado, dia 9, das 15h às 18h, e no domingo pela manhã, das 9h às 12h.
A Feira do Livro Espírita será realizada na Praça D. Pedro II (esquina das ruas XV de novembro e Pe. Bento Pacheco), Centro. Entrada franca.
A USE Indaiatuba está no Facebook. Curta a página:
https://www.facebook.com/pages/USE-Indaiatuba/322130487861801

Foto: Equipe da USE Indaiatuba com a médium e autora Nadir Gomes
Crédito: Divulgação/Comunicação USE

Feira de troca de livros e exposição de arte em caçambas em Indaiatuba

Atividades serão realizadas na Praça D. Pedro II

A Feira de Troca de Livros de Indaiatuba ocorre neste sábado, dia 9. O evento será na Praça D. Pedro II, das 9h às 12h, onde os leitores aficionados poderão renovar sua estante. No local haverá também a exposição de obras produzidas por 10 artistas para o projeto Arte em Caçambas: humanizando o espaço público.
As caçambas de lixo foram doadas pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente, e customizadas de acordo com o estilo e inspiração de cada artista. As peças que estarão em exposição levam as assinaturas de Cristian Psedkis, Rafael Casp, Doug 13, Jeferson Negão, Rafael Primo, Ras Leo, Talles Keisy, Daniel Phill, Suzanito e Tiago Preto.
 Após a amostra, as caçambas poderão ser utilizadas normalmente pela população. Esta é a segunda edição do projeto (a primeira foi no ano passado), promovido pela Secretaria de Cultura. O objetivo é aliar arte e defesa do meio ambiente, chamando a atenção das pessoas para a importância da preservação através do olhar lúdico dos artistas.

Novembro em cena
A Praça D. Pedro II será palco de outra atração: a narração de 'Contos e Lendas das Mil e Uma Noites', apresentada pela Cia. Triolé Cultural. As sessões serão às 10h30 e às 11h30.
A narrativa faz parte do projeto Novembro em Cena, também da Secretaria de Cultura, e traz os contos de um pescador que vive situações inusitadas e de um príncipe que passa por aventuras incríveis.

Os eventos terão entrada livre. Para participar da Feira de Troca de Livros, basta levar uma obra de literatura e trocar por outra de sua preferência disponível na ocasião. Informações: (19) 3825-2056.

Foto: Alessando Rosman/AAN



sábado, 12 de outubro de 2013

O artista, o executivo e o sorveteiro


Autor indaiatubano lança livro com 
proposta de união de arte e trabalho

O conceito da arte ganha novos contornos no livro O artista, o executivo e o sorveteiro, de autoria de Roque Ávila Júnior. O escritor procura abordar a forma como os artistas de todas as épocas encontravam motivação para o trabalho, e como isso pode ser aproveitado nos dias de hoje.

Por que os artistas gostam tanto de trabalhar?”, foi a pergunta que motivou Roque a escrever. O autor diz que a obra é dedicada à pessoas comuns, que têm seus empregos, pagam suas contas e seguem regras. “Todos podem incluir a arte em suas atividades, afinal, os artistas sempre foram, antes de tudo, cidadãos comuns, com obrigações como todos nós”, afirma Roque.

O livro passeia pela história da arte, e tem base nos 4 pilares de pensamento: Teocentrismo, Antropocentrismo, e os atuais Econocentrismo e Infocentrismo (economia e tecnologia da informação). O autor também busca desmistificar a figura do artista, que ainda é cercada de muito glamour. “As pessoas que trabalham com a arte não são criativas 24 horas por dia. Elas também têm conflitos, problemas”, complementa Roque. Nas páginas finais, o leitor encontra exercícios de criatividade para serem aplicados no seu dia a dia.

Atualmente, Roque é designer gráfico e fornece conteúdo para blogs e redes sociais.  “As empresas criam o perfil nas redes, mas não conseguem mantê-lo – é aí que eu entro”, conta Roque.

O livro pode ser adquirido no site www.clubedosautores.com.br, ao custo de R$ 30. 


Escritora da região de Campinas lança livro

A escritora estreante, Adelisa Maria Albergaria P. Silva, lançou seu livro O que Realmente Importa, no final de agosto de 2013, durante tarde de autógrafos realizada na sala Acrísio de Camargo, no Ciaei, com apoio da Secretaria de Cultura. 

A obra foi publicada pela editora Multifoco, e agrega uma coletânea de 47 crônicas escritas pela autora em seu blog. Entre os temas abordados, estão maternidade, família, perdas, trabalho e reflexões sobre acontecimentos do cotidiano. O livro esteve à venda no local pelo valor promocional de R$ 30.

A inspiração para o livro veio da saudade que Adelisa sente de sua sobrinha Júlia, falecida há três anos devido a um tumor cerebral. Na época, a menina tinha 7 anos. “Ela era como uma filha para mim. Sempre foi muito presente em minha vida”, conta Adelisa. Tudo começou quando Ricardina, irmã de Adelisa e mãe de Júlia, resolveu criar um blog em homenagem à filha. Então, em julho de 2010, a autora fez o seu próprio blog, onde passou a escrever sobre sentimentos e aprendizado, na expressão da dor pela perda de Juju (como ela chamava a sobrinha).

Ao definir o maior sentimento que traduz sua obra, a autora revela: “o que mais importa na vida é Deus, a família e os amigos. Aprendi a dar mais valor a coisas simples, como beber um copo d'água, andar ou falar”, relata. Para a escritora, a dor é inevitável, porém, o sofrimento torna-se opcional, relembrando o pensamento de Carlos Drummond de Andrade. “Momentos felizes surgem em meio à dor, mas a vida segue”, reflete Adelisa.

Adelisa Silva, natural de Campinas, tem 48 anos, é bancária e mora em Indaiatuba. Casada, ela é mãe de Natália, 28 anos e de Pedro, filho adotivo de 2 anos.

Para contato com a autora e aquisição do livro, acesse:
http://adelisa-oquerealmenteimporta.blogspot.com.br/
O livro também pode ser adquirido na livraria Cultura.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Dia do livro Espírita em Indaiatuba - 18 de abril


                     

O livro dos Espíritos (Le livre des Esprits) é a primeira das cinco obras da codificação publicadas pelo professor francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec).
Lançado em 18 de abri de 1857, no Palais Royal, em Paris, o Livro dos Espíritos continha originalmente 501 perguntas e respostas. A 2ª edição, revisada por Kardec, viria em março de 1860, com conteúdo ampliado para 1018 itens.

sábado, 30 de março de 2013

Ensaio sobre a análise fílmica



Tendo em vista que a análise fílmica não é um fim em si – é uma prática que procede de um pedido, o qual está situado em um contexto (institucional). Porém, esse contexto é variável, e disso resultam demandas igualmente variáveis. A definição do contexto é fundamental para o enquadramento da análise.

Dessa forma, a obra pretende transmitir alguns princípios, instrumentos, condutas válidas em todos os contextos, a partir do momento em que se parte de um objeto-filme para analisá-lo, ou seja, para desmontá-lo e reconstruí-lo de acordo com uma ou várias opções a serem precisadas.
Está explícito o esforço por compreender exatamente os elementos expostos para o desenvolvimento da análise fílmica. Primeiramente, propõe alguns pontos de reflexão geral relativos à história das formas cinematográficas, as ferramentas da narratologia e os problemas da interpretação. Em seguida, propõe análises do plano isolado ao filme inteiro.

Na segunda parte são apresentadas análises práticas – que não são exemplos, visto que se apresentam parciais, incompletas, e poderiam ser reduzidas, prolongadas ou reenquadradas. Apenas servem para completar as reflexões da primeira parte, operando o encontro entre princípios gerais e o material fílmico real. Filmes de Grifith, Hitchcock, Truffaut, Angelopoulos e Jarmush, entre outros, compõem o elenco das obras apresentado pelos autores para estimular o desenvolvimento da capacidade analítica (e crítica) em cinema.

Não existe receita para se compor uma análise ou regras rígidas a serem seguidas. Qualquer análise tem uma finalidade – publicação na imprensa, expressão da opinião pessoal ou trabalho universitário – e tem por base uma visão sócio-histórica do enredo e do tema apresentados.

O comentador se tornaria, ao mesmo tempo, um “criador”. Seu talento se revela através da arte de manipular o objeto de análise, de associar seus elementos, de saber interpretá-los, mas igualmente, e sobretudo, na arte de formular seu comentário e fazê-lo “viver”.

No que se refere à análise, apresentam-se as questões: O que a conduz, em que contexto e com que objetivo? Como, por quem o eixo de análise será determinado? Pela demanda? Pelo próprio analista? De acordo com seus interesses, suas obsessões? Esse eixo é pertinente ao objeto?

Afinal, não é necessário ‘gostar’ de um filme para analisá-lo bem – alguns sugerem que isso seria até um obstáculo. Trata-se da atitude de quem gosta de ‘analisar’, isto é, compreender seu objeto, e como ele compreende.

erando o encontro entre princípios gerais e o material fílmico real. Filmes de Grifith, Hitchcock, Truffaut, Angelopoulos e Jarmush, entre outros, compõem o elenco das obras apresentado pelos autores para estimular o desenvolvimento da capacidade analítica (e crítica) em cinema.


Vanoye, Francis & Goliot-Lété, Anne - Ensaio sobre a análise fílmica - Papirus - São Paulo, 7ª edição, 2011 - 143 páginas.

O fichamento do livro está disponível em meu perfil no ISSUU (links).

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Simulacros e simulação, por Jean Baudrillard


  Escrito em 1981, “Simulacros e simulação” mantém-se inovador. 
   
  Em seu livro, Baudrillard aborda uma questão que já não seria apenas de um território, de um ser referencial, ou de uma substância, mas a geração, através de modelos, de um real sem origem nem realidade. A simulação não é mais a simulação de um território ou de um ser como referência – é o hiper-real.

   Baudrillard, Jean – Simulacros e Simulação. Portugal, Relógio d’Água, 1991. 

  Fichamento da primeira parte: "A precessão dos simulacros" (págs. 7 a 57) disponível em minhas publicações no ISSUU (Links).

Os meios de comunicação como extensões do homem


Mcluhan aborda os efeitos da tecnologia promovida pela eletricidade sobre o ser humano. Tempo e espaço são abolidos. Na fase final da extensão do homem há a simulação tecnológica da consciência, por meio da qual o processo criativo do conhecimento se estende por toda a humanidade.

Atualmente, os processos de ação e reação ocorrem quase simultaneamente, e nós ainda vivemos com um pé na modernidade, nos padrões pré-elétricos (mecânicos), e de espaço/tempo fracionados.

A análise da origem e do desenvolvimento das extensões individuais do homem deve ser precedida de uma observação aos aspectos gerais dos meios e veículos (extensões do homem). Um bom começo seria examinar o inexplicável entorpecimento que cada uma dessas extensões acarreta no indivíduo e na sociedade.

O autor propõe a discussão sobre a introdução e influência de novas tecnologias na sociedade humana. A afirmativa “o meio é a mensagem” significa que as consequências sociais e pessoais de qualquer meio são o resultado do novo padrão introduzido em nossas vidas – por uma nova tecnologia ou extensão de nós mesmos. 

Mcluhan, Marshall – Os meios de comunicação com extensões do homem. São Paulo: Cultrix, 15ª reimpressão da edição de 1969.

O fichamento da primeira parte (págs. 21 a 37) está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links).

Dos meios às mediações, por Jesús Martin Barbero


O autor inicia a obra uma análise dos meios de comunicação até as mediações sociais, sob os pontos de vista dos estudos sociológicos, antropológicos e políticos, dos quais é conhecedor. Martin-Barbero aborda de forma detalhada as categorias de povo e classe, e sua complexidade na sociedade de massa. A explicação de como o rádio e o cinema unificaram as sociedades latino-americanas, resultando na ideia moderna que temos de nação, nos mostra a necessidade de estudarmos os padrões culturais para o melhor entendimento da política e da economia atuais. 

     A investigação sobre os métodos empregados pelos meios na América Latina é feita sobre os processos de constituição do massivo a partir das transformações nas culturas subalternas. A comunicação se converte em espaço estratégico onde se podem pensar bloqueios e contradições que dinamizam a sociedade, no caminho entre o subdesenvolvimento acelerado e a modernização compulsiva. Martín-Barbero aponta a necessidade de se abordar os processos de comunicação de massa em sua forma e esclarecer o movimento latino-americano das mediações promovidas pela sua gente.

Barbero, Jesús Martin – Dos meios às mediações. Rio de Janeiro: UFRJ, 6ª edição, 2009.

O fichamento do capítulo 2 está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links). 


Cultura da Convergência, por Henry Jenkins


A convergência de mídias é mais do que apenas uma mudança tecnológica. Ela altera a relação entre tecnologias existentes, indústrias, mercados, gêneros e públicos. Altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os consumidores processam a notícia e o entretenimento. A convergência refere-se a um processo, não a um ponto final. Ela define mudanças tecnológicas, industriais, culturais e sociais no modo como as mídias circulam em nossa cultura.

Em seu livro, Henry Jenkins demonstra como instituições arraigadas estão se inspirando nos modelos das comunidades de fãs e se reinventando para uma era de convergência de mídias e de inteligência coletiva.
Para ele, a convergência representa uma mudança no modo como encaramos nossas relações com a mídia.

No capítulo de introdução, Jenkins deixa bem claro o termo convergência, que, num conceito mais amplo, se refere a uma situação em que múltiplos sistemas de mídia coexistem e em que o conteúdo passa por eles fluidamente. Convergência é entendida aqui como um processo contínuo ou uma série contínua de interstícios entre diferentes sistemas de mídia, não uma relação fixa.

Jenkins, Henry – Cultura da convergência. São Paulo, 2ª edição, Aleph, 2009.

O fichamento do capítulo "Venere no altar da convergência" (págs. 27 a 53) está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links). 

Modernidade Líquida, por Zygmunt Bauman


Em sua obra, Bauman pretende esclarecer como se deu a transição da modernidade sólida para a modernidade imediata, “leve, líquida e fluída”. O autor auxilia-nos a repensar conceitos e esquemas utilizados para descrever a experiência humana individual e sua história conjunta.

Para definir os novos tempos, Bauman sugere o termo “líquido” como uma variedade dos fluídos, já que estes se movem facilmente, são filtrados, destilados – diferente dos sólidos, que são contidos, imobilizados.

No capítulo 3, especificamente, há uma análise da questão tempo/espaço – os espaços públicos e privados, os “não-lugares”, o temor do estranho, do diferente. O autor discute a instantaneidade como forma de dominação e manipulação dos que estão no topo sobre aqueles que estão na base da pirâmide social; o controle do tempo e do espaço como urgência e objetivo final.

  Bauman, Zygmunt – Modernidade Líquida. Rio de Janeiro, Zahar, 2001.
   
   O fichamento do capítulo 3 está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links).

Cibercultura, por Pierre Lévy


Com uma linguagem simples e texto fluído, Pierre Lévy faz um ensaio sobre as implicações culturais do desenvolvimento do ciberespaço. É uma obra voltada aos não-especialistas que tentam entender as novas tecnologias, suas implicações culturais, seu uso e suas questões. 

O autor explica como o ciberespaço permite a combinação de vários modos de comunicação. Por exemplo, estão em graus de complexidade crescente: o correio e as conferências eletrônicos, o hiperdocumento compartilhado, os sistemas avançados de aprendizagem ou de trabalho cooperativo e os mundos virtuais multiusuários.

As realidades virtuais compartilhadas, que permitem a comunicação entre milhões de pessoas, devem ser consideradas como dispositivos de comunicação todos-todos, típicos da cibercultura.

Lévy, Pierre – Cibercultura. São Paulo, Companhia das Letras, 2007.

Obs.: O fichamento do capítulo 5 pode ser encontrados em minhas publicações no ISSUU (Links).