quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Rubem Alves em verso e prosa

O Ciaei (Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba) recebeu na quarta-feira, 19 de outubro, o autor Rubem Alves. O tema da palestra foi “O prazer da leitura”, e teve a poesia como pano de fundo, considerada pelo convidado como uma das formas mais intensas de se comunicar.
A apresentação integra o “Outubro Literário”, promovido pela prefeitura de Indaiatuba, com apoio da Secretaria de Cultura.

Alves iniciou com a citação a Fernando Pessoa, a quem ele denomina “um equívoco da divindade”. Autores consagrados também foram lembrados, como Vinícius de Moraes, Cecília Meireles, Herman Hesse, Robert Frost, Gabriel Garcia Marquez e o filósofo Friedrich Nietzsche.

Com bom humor, Alves expôs episódios de sua vida. Os conceitos de morte, sofrimento e velhice também foram abordados pelo escritor. O livro “A montanha encantada dos gansos selvagens” foi inspirado na dor de uma criança diante da perda de um ser amado. Alves demonstra prazer em escrever para o público infantil – “Escrevo para crianças para amenizar seu sofrimento; elas sofrem por causa dos adultos”, disse. E complementa: “As crianças nunca perdem a capacidade de se encantar diante da vida”.

Analisando a literatura sob uma perspectiva poética, Rubem afirmou: “A gente escreve porque não quer morrer” e lembrou Nietzsche quando disse que “Pessoas são livros. A literatura é uma experiência antropofágica, há ‘pedaços’ do autor na obra”.
Para finalizar, o autor ensina que devemos transformar a dor em beleza e arremata: “Os palhaços não levam a vida tão a sério. Como os poetas“.

Rubem Alves é escritor, psicanalista, educador e teólogo. Possui livros e artigos sobre temas religiosos, educacionais e infantis. Além da poesia, a culinária é uma paixão e tema de seus textos. Atualmente vive em Campinas e tem um restaurante, ponto de encontro semanal do grupo “Canoeiros” para leitura de poemas.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Revista digital sem complicações

Há quem diga que os impressos estão com os dias contados. Se depender da indústria tecnológica, a contagem já terminou. Ainda há muitos que preferem a leitura tradicional, porém, já faz algum tempo que revistas, jornais e livros têm seu conteúdo disponível online. Estamos na era da interação Homem-máquina.
Enquanto os usuários estão fascinados, as editoras empreendem uma corrida alucinante para acompanhar as inovações que surgem a cada instante. Foi pensando nisso que Jean Frédéric Pluvinage, estudante do último ano de Jornalismo do Ceunsp, em parceria com Ricardo Minoru Horie trouxeram para o mercado o livro “Revistas digitais para iPad e outros tablets – Arte-finalização, Geração e Distribuição”. Lançada pela editora Bytes & Types, a publicação utiliza o InDesign CS5.5 como principal ferramenta e explica em detalhes os procedimentos para que profissionais de diagramação de produtos editoriais dos mais variados segmentos possam produzir revistas digitais no formato Folio (folhas dobradas uma vez ao meio, originando quatro páginas em cada uma). O conteúdo poderá ser visualizado em tablets como o iPad, Galaxy Tab, Xoom, entre dezenas de opções.
O mundo digital oferece infinitas possibilidades, mas render-se ao mundo fantástico da tecnologia requer conhecimento e paciência. Não basta ter a ferramenta, é preciso saber como utilizá-la, e muito bem. De acordo com Jean, “adaptar uma revista impressa para a linguagem do tablet envolve a transposição de uma narrativa linear para uma narrativa digital, sem perder a identidade editorial e gráfica da publicação”. Ele explica que essa narrativa deve instigar o leitor a explorar um conteúdo oculto. “É o prazer de descobrir os níveis de profundidade da revista agregado ao conhecimento e informação que o leitor busca”, complementa.
A obra é pioneira ao tratar do assunto no Brasil e no mundo. Jean afirma estar satisfeito com o resultado do trabalho, e a parceria com Ricardo Horie enriqueceu ainda mais sua experiência. “Espero que o livro se torne uma referência e ajude as pessoas a conhecer melhor esse mercado”, declara Jean.

Atualmente Jean Pluvinage é diagramador e jornalista da revista Desktop, especializada em artes gráficas. Escreveu as reportagens “A arte narrativa na vida digital” e “Próxima partida: Homem x máquina”, ambas para a revista Continuum do Itaú Cultural.
Horie, o coautor, é sócio-diretor da Bytes & Types e já publicou mais de 50 livros técnicos na área de editoração eletrônica.  

O livro está disponível na loja virtual da Bytes & Types. A editora também disponibiliza no site arquivo em PDF com amostras de algumas páginas – http://www.bytestypes.com.br/