sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Marley e eu

Esses adoráveis anjos de patas

Aqueles que me conhecem sabem muito bem que eu não poderia deixar de mencionar este livro. Sei que ele foi comentado à exaustão, que continua sendo sucesso de vendas e coisa e tal. Mas, quem tem em casa um ser de quatro patas, com cara de pidão e pelos no corpo, pode perfeitamente se identificar com a história comum e ao mesmo tempo emocionante de uma família e seu labrador endiabrado.
Também não vou contar aqui a saga do cãozinho Marley, que todos também já conhecem. Ela se repete diariamente em muitos lares. No entanto, vale lembrar que este é um dos poucos livros que viraram filme sem perder a essência da história impressa. A convivência entre o ser humano e os animais, muito mais do que modismo, pode significar um aprendizado muito rico, já que a amizade e o amor incondicional desses ‘anjos de patas’ são capazes de nos transformar, para melhor.
Emoção e muitas risadas garantidas.

Publicado pela Prestígio editorial, 2005, ISBN 978-85-00-02157-2 – 302 páginas.

Enquanto o amor não vem


O meio-tempo para o amor

Você conhece alguém que encontrou o amor verdadeiro? Acredita que ele exista aqui na Terra? Bem, talvez algumas pessoas conheçam outras que estejam vivendo, ou tenham vivido um sentimento vivo e intenso. Até mesmo pode haver quem esteja lendo essa resenha e conheça de perto o amor de verdade. Essas pessoas devem agradecer todos os dias, pois no plano em que vivemos isso equivale a encontrar um tesouro, ou ganhar sozinho o prêmio acumulado da mega sena.

Para Iyanla Vanzant é possível encontrarmos o amor que desejamos. Em seu livro ‘Enquanto o amor não vem’ ela nos indica a fazermos uma faxina em nossa vida sentimental, através de pequenas histórias de gente comum, com seus conflitos, angústias e alegrias. Ela nos ensina a aproveitar o tempo de espera – denominado de meio-tempo – para que o façamos valer a pena.

A leitura é leve, atraente e aborda conceitos de auto-estima, mágoas, relacionamentos obsessivos, medo, auto-sabotagem, e outros empecilhos a nossa felicidade afetiva, criados por nós mesmos.

Segue algumas palavras de Iyanla no início do livro:
“Haverá um momento em sua vida em que o amor vai chegar. Antes disso, você terá feito tudo o que podia, tentado tudo o que podia, sofrido o quanto podia e desistido muitas vezes. Mas, com a mesma certeza com que você está lendo este texto, posso lhe garantir que esse dia virá. Nesse meio tempo,  este livro vai lhe contar muitas histórias e lhe ensinar algumas coisas que você pode fazer para se preparar para o dia mais feliz de sua vida: o dia em que experimentar o amor verdadeiro.”

A autora garante que já encontrou o seu grande amor. Espero que aqueles que lerem o livro também tenham a mesma sorte, inclusive eu...

Publicado pela Sextante, 1998
ISBN 85-86796-23-9 
264 páginas

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Talento à prova de crise



A autora dá dicas de como driblar as várias crises pelas quais passamos, 
tanto as externas quanto as internas

As crises existem, é um fato. Elas podem estar no lar, na empresa, no mundo e dentro de nós. Todos as enfrentamos, mais cedo ou mais tarde, e o modo como encaramos esses períodos de turbulência é o que nos diferencia. Muitos afirmam que uma pessoa bem sucedida teve sorte; pode ser, afinal, bons ventos não fazem mal a ninguém. Mas, será que foi só isso? Essa ideia pressupõe que o Criador seja um ser caprichoso, elegendo alguns de seus filhos para serem bafejados pelo sucesso, enquanto outros se vêem na angústia de terem todos os seus projetos desmoronados pela mão do destino. Não é bem assim. Leila Navarro, em sua obra ‘Talento a prova de crise’, sugere que identifiquemos e superemos as várias formas de crise, inclusive como tirar proveito delas.

Há um provérbio antigo que diz: ‘Deus nos dá o frio conforme o cobertor’, ou seja, a ninguém é oferecida uma tarefa, um desafio, para os quais não tem condições (inteligência) de solucionar. A proposta da autora é mostrar, através de sua larga experiência na área do comportamento humano, que podemos controlar as situações críticas do dia-a-dia e redescobrir o talento existente em cada um de nós.

A linguagem literária é franca, jovial e de estilo irreverente. Utilizando-se de casos e testes, Leila nos ensina a nos tornar cúmplices de nós mesmos, e nos armarmos emocionalmente para os momentos em que o universo parece não conspirar a nosso favor.
A obra traz também comentários de autores e especialistas como Max Gehringer, Içami Tiba, Luiz Marins, prof. Gretz, entre outros.

Leila Navarro realiza palestras motivacionais e comportamentais, percorrendo o Brasil com suas apresentações. Ela é autora de mais onze livros e figura na revista Veja entre os vinte maiores palestrantes do país.

Publicado pela Thomas Nelson Brasil, 2009
ISBN 978-85-7860-056-3 
205 páginas

Guia de elegância de uma reles mortal


Finalmente, alguém percebeu que não dá para a maioria das pessoas ficar elegantes gastando o que não têm, muitas vezes, com peças que nada têm a ver com o estilo de quem irá vesti-las.

De acordo com Helena Perim Costa, elegância não é uma questão de luxo. Com bom senso e um bom espelho você chega lá. A autora, embora tenha morado em uma cidade cara como Milão, se declara uma ‘reles mortal’ – sempre dependeu de salário para sobreviver, e leva uma vida que ela mesma classifica como ‘normal’ – trabalhar a semana toda, pagar contas, aluguel etc.

Por ser observadora e detalhista, percebeu que os milaneses respiram moda. Há lojas por todos os lados, e aonde quer que se vá naquela cidade, irá fatalmente dar de cara com uma vitrine. E foi levando uma vida comum que Helena percebeu que aquilo que se vê nas vitrines não é o mesmo que se vê nas ruas. Afinal, em qualquer lugar do mundo, são poucas as pessoas que podem se vestir com roupas de marca, usar sapatos de salto 10 e bolsas de grife.

Pensando nisso, a autora, que não é profissional de moda e nem tem amigos que atuem nessa área, resolveu publicar o ‘Guia de elegância de uma reles mortal’. De uma forma bem humorada, o livro oferece truques e dicas para se manter bem arrumado sem arruinar a conta bancária.

Portanto, antes de correr às lojas dê uma boa olhada em seu armário e tenha o Guia de elegância sempre a mão, porque mais do que estar na moda, ser elegante é criar um estilo próprio, seguindo as regrinhas básicas com criatividade, limite, humor e muito bom senso.

Publicado pela editora Matrix, 2006 
102 páginas

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Os sertões


A terra, o homem, a luta

Publicado em 1.902, “Os sertões” trata da Guerra de Canudos (1896-1897), no interior da Bahia. Euclides da Cunha presenciou uma parte desta guerra como correspondente do jornal O Estado de São Paulo.

No entanto, antes de falar sobre o livro é necessário destacar o contexto sócio-cultural em que ele foi escrito. Com base na seleção natural de Charles Darwin sobre a evolução das espécies – a teoria da evolução – surgiram correntes nas ciências sociais que se apoiavam na tese da sobrevivência da espécie humana para instituir o controle demográfico. Mais conhecido como darwinismo social, o pensamento sustentava a idéia de que características biológicas e sociais determinavam que uma pessoa fosse superior a outra. Alguns dos padrões determinantes da superioridade de um indivíduo seriam um maior poder aquisitivo, a habilidade nas ciências exatas e a raça. O Darwinismo Social foi empregado para tentar explicar a pobreza pós-revolução industrial, sugerindo que os que estavam pobres eram os menos aptos (segundo interpretação da época da teoria de Darwin) e os mais ricos, que cresceram economicamente, seriam os mais aptos a sobreviver, por isso os mais evoluídos.

A tendência de se construir explicações biológicas para comportamentos considerados como socialmente indesejados, tais como o alcoolismo, a violência, a tristeza ou a depressão e a infância problemática (ao que hoje damos o diagnóstico de DDA – Distúrbio de Déficit de Atenção), caracterizou grande parte do discurso da Higiene e da Medicina Legal no final do século XIX e inicio do XX.

Euclides da Cunha era jornalista, militar e republicano, e sua formação ocorreu dentro dessa maneira de pensar.  Ele acreditava ser o Homem um produto do meio (determinismo – a miscigenação dos povos é contra as ‘leis naturais’).

Em “Os sertões” o autor aborda a questão da miscigenação no Brasil, fazendo uma distinção entre o sertanejo do litoral e do interior do país. Euclides baseia-se nas teorias raciais da época, compondo uma teoria na qual mostra como é prejudicial à intensa mestiçagem, pois pode trazer elementos de uma raça evoluída, degradando-os com os elementos de uma raça que se encontra em estágio inferior:
“A mistura de raças mui diversas é, na maioria dos casos, prejudicial. Ante as conclusões do evolucionismo, ainda quando reaja sobre o produto o influxo de uma raça superior, despontam vivíssimos estigmas da inferior. A mestiçagem extremada é um retrocesso. O indio europeu, o negro e o brasílio-guarani ou o tapuia, exprimem estágios evolutivos que se fronteiam, e o cruzamento, sobre obliterar as qualidades preeminentes do primeiro, é um estimulante a revivescência dos atributos primitivos dos últimos. De sorte que o mestiço — traço de união entre as raças, breve existência individual em que se comprimem esforços seculares — é, quase sempre, um desequilibrado.” (CUNHA, 96, 1985).

O livro acaba, mas não termina. Esta obra foi uma das mais importantes reflexões sobre a identidade nacional. O escritor positivista que acreditava na república é o mesmo que denuncia a dor, a fome e a barbárie. Canudos foi um crime cometido para e pela república. O Estado só chegara tão longe para trazer a injustiça e a morte. Essa não era a república reclamada pelo autor. Euclides não mascarou a realidade porque não pregou uma falsa igualdade social entre as “raças”, o que seria feito por outros. Como identidade nacional, podemos tirar a frase “A nação brasileira é o resultado de uma angústia racial”, e ele, Euclides da Cunha, é o primeiro que se propõe a fazer um estudo a fundo desses cruzamentos todos que nos formam.

Fonte: Wikipédia / Colaboração: Profª Regina Amélio (Ceunsp-Salto-SP)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Há dois mil anos – o encontro com Jesus


Romance espírita de autoria de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier, narra episódios do Cristianismo nascente. Considerado como um dos dez melhores livros espíritas do século XX, segundo pesquisa realizada em 1999 pela 'Candeia Organização Espírita de Difusão e Cultura', ‘Há dois mil anos’ integra a épica coleção dos romances de Emmanuel constituída na sequência por ‘Cinquenta anos depois’, ‘Ave, Cristo’, ´Paulo e Estêvão’ e ‘Renúncia’.

O livro aborda os principais fatos da vida do senador Públio Lentulus, uma das encarnações do autor espiritual, destacando três momentos: o encontro do homem público com Jesus, a cura de sua filha Flávia e a conversão da esposa Lívia ao Cristianismo.
Emmanuel nos relata sua experiência pessoal, com a riqueza de detalhes que caracteriza seus livros, para que meditemos sobre os instantes preciosos que nos são ofertados ao longo da vida. ‘Há dois mil anos’ traz em seu contexto duas virtudes essenciais ao processo evolutivo do Espírito em busca da felicidade integral: fé e humildade. A obra nos faz refletir sobre o tempo de que ainda necessitamos para o real encontro com Jesus na intimidade de nosso coração.
Publicado pela FEB (Federação Espírita Brasileira) em 1939, o livro já está em sua 48ª edição. ISBN 978-85-7328-364-8 – 495 páginas.
Fontes: Wikipédia  /  RIE (Revista Internacional de Espiritismo) –nº 7 – Agosto/2011 – Literatura – Geraldo Campetti Sobrinho.