A
convergência de mídias é mais do que apenas uma mudança tecnológica. Ela altera
a relação entre tecnologias existentes, indústrias, mercados, gêneros e
públicos. Altera a lógica pela qual a indústria midiática opera e pela qual os
consumidores processam a notícia e o entretenimento. A convergência refere-se a
um processo, não a um ponto final. Ela define mudanças tecnológicas,
industriais, culturais e sociais no modo como as mídias circulam em nossa
cultura.
Em
seu livro, Henry Jenkins demonstra como instituições arraigadas estão se
inspirando nos modelos das comunidades de fãs e se reinventando para uma era de
convergência de mídias e de inteligência coletiva.
Para
ele, a convergência representa uma mudança no modo como encaramos nossas
relações com a mídia.
No capítulo de introdução, Jenkins deixa bem claro o termo convergência, que, num
conceito mais amplo, se refere a uma situação em que múltiplos sistemas de mídia
coexistem e em que o conteúdo passa por eles fluidamente. Convergência é
entendida aqui como um processo contínuo ou uma série contínua de interstícios
entre diferentes sistemas de mídia, não uma relação fixa.
Jenkins,
Henry – Cultura da convergência. São
Paulo, 2ª edição, Aleph, 2009.
O fichamento do capítulo "Venere no altar da convergência" (págs. 27 a 53) está disponível em minhas publicações no ISSUU (Links).
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