segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Dia da Consciência Negra: obra indicada ao Jabuti é dica de leitura

Título reconta a história do Quilombo dos Palmares com uma nova roupagem

No dia 20 de novembro, o Brasil relembra suas raízes e a herança do povo negro com o Dia da Consciência Negra. Instituída no dia de falecimento de Zumbi dos Palmares, o último líder do Quilombo dos Palmares, a data é uma oportunidade para refletir sobre as condições impostas aos negros, da época da escravidão aos dias de hoje, e como estes estão inseridos em nossa sociedade.
Assim, a Editora Moderna sugere a leitura de uma de suas obras indicadas ao Prêmio Jabuti 2017: Um grito de liberdade – A Saga de Zumbi dos Palmares, dos autores Álvaro Cardoso Gomes e Rafael Lopes de Sousa. A obra foi um dos títulos selecionados na primeira fase da premiação, na categoria juvenil. 
Com uma mistura de elementos fictícios com fatos históricos, o título confere novos contornos para o passado e promete envolver os jovens leitores ao mesmo tempo em que explora acontecimentos da história do Brasil.
Com muita ação, lutas sangrentas e atos de heroísmo, o livro procura resgatar a história do último líder quilombola do período colonial, contando a história de um jovem escravo, batizado como Francisco. Na companhia de um padre, seu protetor, o protagonista aprendeu a ler, a escrever e tem regalias que seus companheiros não têm, porém, almeja conquistar o bem que considera mais precioso – a liberdade. Isso faz com que ele fuja em busca do reino dos negros, em Palmares, lugar que acolhe negros fugidos. Perseguido como uma fera por caçadores de escravos, Francisco terá que mostrar toda sua coragem para conseguir o que deseja. 
Na história, o leitor também acompanhará o drama da jovem Kênia, uma escrava recém-chegada da África e que se apaixonará por um forte guerreiro chamado Vemba. No reino quilombola, estes personagens farão de tudo para manter acesa a chama da liberdade.
Autores

Álvaro Cardoso Gomes é professor Titular da USP, Coordenador do Mestrado Interdisciplinar da Universidade de Santo Amaro, crítico literário e romancista. Autor de A hora do amor, Para tão longo amor, O poeta que fingia, Memórias quase póstumas de Machado de Assis, esses dois últimos contemplados com o prêmio Jabuti.

Márcia Abreu é professora de Literatura no Departamento de Teoria Literária do Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp. Ela escreveu vários livros, capítulos de livros e dezenas de artigos. Mas o que ela gosta mesmo é de contar histórias. Já publicou Morrer Amanhã (FTD, 2014) em que conta a vida de Álvares de Azevedo, um poeta brasileiro que vivia em São Paulo no século 19.

Rafael Lopes de Sousa é historiador e professor no programa de mestrado interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade de Santo Amaro. Suas pesquisas têm como foco a juventude brasileira e suas diferentes formas de expressão. Mineiro de Canoeiros, Rafael Lopes de Sousa é autor dos estudos O movimento hip hop: a anti-cordialidade da 'república dos manos' e a Estética da violência; e Punk: Cultura e protesto.

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